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Os mais perigosos
Avenida João Fiúsa tem três dos pontos com mais acidentes da cidade; 9 dos 10 locais têm semáforos nos cruzamentos
Dos cerca de 50 acidentes que acontecem em média por dia em Ribeirão Preto, 60% são registrados em cruzamentos com semáforos.
Nos últimos quatro anos, o cruzamento que liderou a lista com a maior ocorrência de acidentes foi o das avenidas João Fiúsa e Presidente Vargas, na zona sul da cidade e região de forte desenvolvimento de comércio e serviços.
Dos dez locais da cidade com mais acidentes em 2012, nove são cruzamentos sinalizados por semáforos. Foram 425 apenas nesses dez pontos, cerca de 3% dos 16.461 acidentes registrados no ano.
A Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto) ainda não contabilizou os acidentes registrados em 2013.
A avenida João Fiúsa tem outros dois cruzamentos na lista dos dez pontos com mais acidentes, com as avenidas Independência e Caramuru.
A Independência também tem outros três pontos na lista, nos cruzamentos com as avenidas Nove de Julho e Francisco Junqueira e com a rua Campos Sales.
Para o especialista em trânsito José Bernardes Felex, docente aposentado da USP (Universidade de São Paulo), as vias têm um tráfego intenso e sinalização precária.
"Em alguns pontos, o motorista tem dificuldade de visualizar os semáforos. É preciso realocar e aumentar o número de semáforos em um mesmo ponto", disse Felex.
O especialista também afirmou que é preciso uma análise sobre o tempo de abertura dos semáforos, principalmente nos locais de conversão de vias movimentadas.
"As conversões em avenidas como a Nove de Julho e a Francisco Junqueira precisam ser estudadas. Como os semáforos não acompanham o volume de veículos, eles ficam parados, fecham os cruzamentos e agravam o trânsito", disse o especialista.
De acordo com Fernando Antunes, gerente de planejamento e projetos da Transerp, obras e intervenções na sinalização das vias com mais registro de acidentes foram feitas nos últimos anos e reduziram o número de colisões.
Ele cita intervenções no cruzamento das avenidas João Fiúsa e Presidente Vargas, que recebeu reforço de fiscalização e um canteiro central. "Continua sendo o local com mais acidentes, mas reduzimos de 86, em 2009, para 53. Também é preciso que a população respeite a sinalização."
Nos 2.000 quilômetros de malha viária de Ribeirão há quatro radares para fiscalização. Antunes disse que a Transerp não vê o aumento da fiscalização eletrônica como forma de coibir o desrespeito no trânsito. (IP)
