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Hidrelétrica vai livrar RR de dependência venezuelana
O complexo Bem Querer-Paredão produzirá energia suficiente para o Estado; excedente deverá ser vendido para outras regiões
O país deu o primeiro passo para livrar Roraima da dependência da energia elétrica venezuelana --considerada cara e instável.
O Estado, que faz fronteira com a Venezuela, deve ganhar o complexo Bem Querer-Paredão, que ainda está em fase de projeto.
A construção da usina prevê um investimento que deve chegar a R$ 6,5 bilhões. Desse total, R$ 3,5 bilhões devem ser aplicados na Bem Querer e o restante na linha de transmissão Manaus-Boa Vista.
A capacidade de geração da usina será de 1.050 MWh (megawatts-hora), considerada mais que suficiente para suprir a demanda do Estado.
O excedente produzido poderá ser consumido por outras regiões do país.
Quando estiver concluída, a hidrelétrica vai abastecer mais de 400 mil habitantes de Roraima.
O complexo será operado por empresa ou consórcio que vencer leilão previsto para acontecer em 2017.
A expectativa é que em cinco anos os estudos e licenciamentos necessários estejam concluídos. Por enquanto, alguns órgãos analisam pedidos de licenciamento.
É o caso da Fundação Estadual do Meio Ambiente, de Roraima, e do Ministério das Minas e Energia, que deve elaborar parecer até outubro.
CRÍTICAS
O projeto tem oposição de ambientalistas --que dizem que o impacto da hidrelétrica é alto para a produção de pouca energia.
A área alagada (559 km²) será maior que a de Belo Monte, mas sua potência energética apenas um décimo da hidrelétrica paraense.
O Ministério Público Federal instaurou inquérito para acompanhar o licenciamento da obra. A preocupação são impactos negativos em unidades de conservação, terras indígenas e sítios arqueológicos do local.