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Delicatéssen aposta em sociedade com os funcionários para crescer
Empregados viram sócios de novos negócios de empresa dos EUA
Em três décadas, Ari Weinzweig e Paul Saginaw transformaram a delicatéssen Zingerman's, que fica em Ann Arbor, no Estado do Michigan (EUA), de uma pequena loja de sanduíches em um grupo de nove negócios. Juntos têm 650 funcionários, 18 sócios e faturamento anual de US$ 50 milhões.
O estabelecimento é conhecido por fazer sanduíches enormes --o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comeu lá recentemente. Mas talvez a criação mais importante da companhia seja seu modelo de negócios.
Em 1994, os dois escreveram um documento com sua visão sobre o que seria a Comunidade de Negócios Zingerman: em vez de construir lanchonetes onde pudessem, eles projetaram negócios distintos que estariam funcionando até 2009.
Cada empreendimento seria gerenciado por um sócio que entendesse os valores e a cultura da companhia, muitas vezes um funcionário.
Esses sócios investiriam dinheiro próprio, entre 10% a 15% do aporte inicial, para que pudessem ter uma fatia do negócio. Saginaw e Weinzweig, que também colocariam dinheiro no negócio, esperavam que, ao oferecer a empregados a oportunidade de crescer na companhia, conseguiriam manter a estrutura de pequena empresa.
Hoje, eles têm negócios no ramo de delivery, de café, de panificação e de consultoria.
Nos últimos anos, a margem de lucro operacional da empresa tem ficado em torno dos 5%. Esse índice pode parecer decepcionante para muitas companhias, mas os empresários dizem estar felizes com o fato de o lucro menor ser resultado, em parte, do pagamento de bons salários e planos de saúde.
O piso salarial da maior parte dos empregados é de US$ 9 (R$ 20) por hora e a companhia se comprometeu a elevar esse valor para US$ 11 (R$ 24) em janeiro de 2016.
A remuneração para funcionários de tempo integral vai de US$ 32 mil (R$ 71 mil) por ano para assistente de gerente a US$ 95 mil (R$ 211 mil) para contador sênior.
Os sócios ainda fazem sessões de treinamento para novos funcionários. Recentemente, cerca de 15 novos empregados de nove dos negócios da companhia se reuniram no piso superior da delicatéssen e provaram um produto vindo da padaria.
"Primeiramente, aqui está o meu celular e o do Paul", disse Weinzweig ao grupo. "Liguem sempre que tiverem um problema. É para isso que estamos aqui."
