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Empresas apostam em vídeos curtos e ensino 'adaptativo'
Ferramentas adaptam aulas a diferentes dispositivos, à de qualidade da internet e também ao desempenho do aluno
A gama de recursos didáticos e de comunicação usados pelos cursos on-line vão desde ferramentas simples, como textos em formato Word, até interfaces sofisticadas, como o metaverso (espécie de simulação virtual).
A maioria dos cursos utiliza um ambiente virtual de aprendizagem, no qual se insere o conteúdo, que pode incluir vídeos, apresentações de slides e infográficos.
"É importante saber se o aluno tem a tecnologia que o curso exige. Se a instituição trabalha com conferência on-line, ele tem de ter uma webcam", diz Rita Tarcia, diretora da Associação Brasileira de Educação a Distância.
Em busca de segurança na web, acessos simultâneos e boa qualidade de transmissão, mesmo com a instabilidade da banda larga brasileira, instituições de ensino vêm contratando empresas de tecnologia para profissionalizar a produção de vídeos.
Uma das preocupações é oferecer os cursos com a mesma qualidade para plataformas diversas --como tablets, smartphones e TVs inteligentes-- e para diversos tipos de conexão (3G, 4G e wi-fi).
Com cerca de cem clientes no país (entre eles o grupo Anhanguera-Kroton e a instituição americana universitária Laureate), a Samba Tech oferece cerca de 20 tecnologias, entre elas o sistema de ensino adaptativo, uma espécie de personalização do estudo por meio da tecnologia.
As aulas são divididas em pílulas de dez minutos. Conforme o aluno as assiste e faz os exercícios, o sistema o faz avançar ou retroceder na disciplina, automaticamente.
"Os vídeos curtos trazem soluções para a dificuldade de concentração das novas gerações e a instabilidade da banda larga", explica Gustavo Caetano, 32, presidente da Samba Tech.
Recém-iniciada no mercado de educação a distância, a escola de negócios St Paul criou duas salas para a modalidade, com telas de TV interativas sensíveis ao toque.
A instituição oferece dez cursos de extensão universitária que podem ser acompanhados ao vivo. Cada um tem duração de 8 a 120 horas.
"A nova geração de estudantes faz questão de usar instrumentos digitais para aprender. Nenhuma instituição de ensino escapará desse processo de modernização", diz o presidente José Claudio Securato, 36.
No mercado desde 2001, a empresa de softwares Avaya viu na expansão desse mercado uma oportunidade.
Segundo o executivo da empresa, Sidnei Czarny, um dos objetivos principais é permitir uma comunicação unificada, ou seja, que usuários com dispositivos e tecnologias diferentes estejam conectados e interagindo.