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Aécio diz que 'falta indignação' a petista sobre erros na Petrobras

Dilma afirma combater a corrupção na estatal para fortalecer a empresa e sugere que adversários usam denúncias para enfraquecer a companhia, alvo de CPI

Estratégia de candidato do PSDB foi atacar presidente para tentar recuperar votos que migraram para Marina

DE SÃO PAULO

O senador tucano Aécio Neves disse, no debate da TV Record neste domingo (28), que falta à presidente Dilma Rousseff (PT) manifestar indignação diante das denúncias de corrupção na Petrobras.

"É vergonhoso, eu expresso aqui a indignação de milhões de brasileiros. As denúncias não cessam", atacou o candidato do PSDB.

"Não há um sentimento de indignação, não vejo em momento algum a senhora dizendo 'não é possível que fizeram isso nas minhas barbas sem eu saber o que estava acontecendo'. Não, candidata, essa indignação está faltando", completou.

Suspeitas sobre superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, e na construção de Abreu e Lima, em Pernambuco, motivaram a criação de CPI no Congresso sobre a estatal. Dilma presidiu o conselho de administração da empresa no governo Lula.

Além disso, operação deflagrada em março pela Polícia Federal descobriu um esquema de desvio de dinheiro na estatal que envolveu o ex-diretor Paulo Roberto Costa, doleiros, políticos e fornecedores da empresa.

"Candidato, eu combato a corrupção para fortalecer a Petrobras. Tem gente que combate para usar as denúncias de corrupção para enfraquecer a Petrobras", rebateu a presidente.

Segundo tucanos, Aécio procurou centrar os ataques a Dilma durante o debate como estratégia para manter a seu lado eleitores antipetistas que o trocaram por Marina Silva (PSB) nas últimas semanas.

A Petrobras foi trazida ao debate pela própria Dilma, que relembrou discurso proferido na Câmara por Aécio em 1997 no qual ele declarou que "pode ser que chegue o momento de discutirmos a privatização da Petrobras". Ela então perguntou que privatizações estariam "no radar" do tucano, caso eleito.

"Nós não vamos privatizá-la [a Petrobras], inclusive, um projeto de lei que proíbe a sua privatização é de autoria do PSDB, mas eu vou reestatizá-la, vou tirá-las das mãos

desse grupo político que tomou conta dessa empresa e está fazendo aquilo que nenhum brasileiro poderia imaginar, negócios há 12 anos", respondeu o tucano, aproveitando então para falar de denúncias de corrupção envolvendo a estatal.

Nas eleições de 2006, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito, o PT tentou colar no então candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, a pecha de privatista. O tucano passou boa parte da campanha tentando garantir que, se eleito, não privatizaria a Petrobras nem bancos públicos como o Banco do Brasil.

As denúncias sobre a Petrobras motivaram pedido de resposta de Dilma durante o debate. A petista aproveitou o tempo concedido para dizer que foi ela quem demitiu o ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso por sua ligação com um bilionário esquema de lavagem de dinheiro.

Em acordo de delação premiada protegido por segredo de Justiça, ele acusou políticos e empresários de participação em esquemas de desvios envolvendo a Petrobras.

"Quero deixar claro que quem demitiu o Paulo Roberto fui eu e que a Polícia Federal, no meu governo, apurou esses malfeitos e ilícitos", disse a presidente.


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