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Entre emergentes, queda do real foi a maior

DE SÃO PAULO

O cenário eleitoral levou o real a registrar, nesta segunda-feira, a maior desvalorização em relação ao dólar em um grupo de 24 moedas dos principais países emergentes.

Embora o cenário externo também esteja afetando o mercado brasileiro, a perda mais acentuada da moeda brasileira indica que há um fator interno --a disputa eleitoral --contribuindo para a alta do dólar no país.

"O Brasil tem reagido de maneira mais negativa do que os demais emergentes. Isso tem a ver com a perspectiva eleitoral", diz Gustavo Rangel, economista-chefe para a América Latina do banco holandês ING.

Entre os 24 países emergentes, 18 recuaram em comparação ao dólar. A queda foi liderada pelo real, que registrou queda de 1,03%, acima das depreciações de 0,71% do rublo russo e de 0,62% do won sul-coreano.

Nesta segunda-feira (29), tensões provocadas por manifestações pró-democracia em Hong Kong e dados negativos da economia chinesa afetaram as Bolsas e moedas de emergentes.

Dados positivos da economia americana também têm alimentado nas últimas semanas as expectativas de que os EUA começarão a elevar em breve as taxas de juros.

Isso tem levado investidores a transferir recursos hoje aplicados em países emergentes para títulos do governo americano, que tendem a oferecer remuneração maior no futuro, se a previsão de alta de juros se confirmar.

Segundo economistas, se o movimento de desvalorização do real se acentuar rapidamente, poderá ter efeito nocivo para a economia brasileira. Além de acelerar a inflação (ao deixar produtos importados mais caros), pode piorar o já elevado buraco nas contas externas do país.


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