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Eleições 2014

Alvo do PT, Marina se contradiz sobre CPMF

Diferentemente do que diz, no Senado ela votou contra a criação do tributo

Presidenciável afirma que PT 'mente' e que sempre trabalhou para destinar os recursos para a área social

GABRIELA GUERREIRO DE BRASÍLIA RANIER BRAGON MARINA DIAS DE SÃO PAULO

Alvo de acusação do PT de que mentiu sobre seu passado legislativo, Marina Silva (PSB) apresentou versões contraditórias a respeito de sua participação nas votações relativas à CPMF, o chamado "imposto do cheque", que vigorou no Brasil do início dos anos 90 até 2007.

Diferentemente do que vinha dizendo, a candidata do PSB votou, quando era senadora, quatro vezes contra o tributo --duas na emenda à Constituição enviada em 1995 por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para criá-lo e duas em 1999, na votação de sua prorrogação.

Marina afirmava que, como prova de que não faz "oposição por oposição", havia contrariado seu então partido, o PT, e votado a favor da CPMF proposta pelo governo tucano. Mas, na verdade, só votou a favor da regulamentação da cobrança.

"Quando foi a votação da CPMF, ainda que o meu partido fosse contra, em nome da saúde, em nome de respeitar o interesse dos brasileiros, eu votei favorável mesmo [o projeto] sendo do seu governo [Aécio Neves], o PSDB", disse Marina no debate da TV Bandeirantes, em agosto. Em sabatina no portal G1, dias depois, repetiu o discurso.

Desde o domingo (28), Marina tem sido alvo de propaganda do PT que afirma que ela mentiu sobre o tema. No debate da TV Record, também neste domingo, Dilma Rousseff (PT) afirmou: "Não entendo como a senhora pode esquecer que votou quatro vezes contra a criação da CPMF. Atitudes como essa demonstram insegurança."

No debate, Marina mudou sua versão, lembrando que a discussão sobre o tributo passou por várias etapas, e que havia votado a favor, no plenário e em comissão, à criação do Fundo de Combate e Erradicação à Pobreza.

O fundo, proposto pelo senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), seria composto em parte com recursos da CPMF. Questionada na saída do evento se não havia votado contra nessa ocasião, Marina se corrigiu e disse que, no plenário, mudanças que retiravam recursos do fundo a levaram a se opor.

A ofensiva contra Marina faz parte da operação do marketing petista para desconstruir a imagem da candidata do PSB e apresentá-la como uma política não confiável.

Em nota divulgada nesta segunda (29), a campanha de Marina diz que o PT perpetua uma "incansável campanha de fofocas e mentiras". O texto omite suas votações contrárias à CPMF. A nota ressalta que Marina votou a favor da lei que regulamentou o tributo, em 1996, seguindo a posição da bancada do PT.

"A então senadora pelo PT se opôs a todas as propostas em debate que ofereciam a possibilidade de distorção da finalidade social da CPMF [...] Com dados parciais retirados do contexto inventa-se e repete-se uma mentira. Manobra de quem perdeu a cabeça e as medidas, manobra de desesperados", diz a nota.


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