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Análise

Chance de 2º turno é cada vez maior

Oscilações dentro da margem de erro em intervalo de dias podem causar falsa ideia de estabilidade no quadro eleitoral

MAURO PAULINO DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA ALESSANDRO JANONI DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA

As oscilações dentro da margem de erro em intervalo de poucos dias podem causar a falsa ideia de estabilidade no quadro sucessório para presidente da República.

Mas a manutenção das tendências das curvas de Marina e Aécio e o patamar alcançado por Dilma reforçam duas percepções --aumenta a probabilidade da ocorrência de segundo turno e projeta-se uma possível disputa acirrada entre os candidatos da oposição por uma vaga na final contra a presidente.

Pela intensidade, o crescimento do apoio à reeleição de Dilma Rousseff na pesquisa anterior insinuava a possibilidade de uma eventual vitória no primeiro turno. Com os resultados de hoje, essa chance diminui.

O maior peso do refluxo atual de eleitores para Aécio Neves pode configurar uma reação de regiões mais ricas, Sul e Sudeste, à recente ascensão de Dilma. A desconstrução de Marina enfraqueceu o discurso da "nova política" e, em alguns Estados de tradição antipetista, foi o suficiente para parte do eleitorado resgatar o PSDB como adversário.

Exemplo disso é São Paulo, onde, nos últimos dias, Aécio cresceu quatro pontos percentuais. Em pouco menos de um mês, o aumento do apoio ao tucano entre os paulistas totaliza dez pontos enquanto a intenção de voto em Marina caiu nove.

Em um Estado que responde por 22% da composição do eleitorado brasileiro e onde, antes de votar para presidente, 49% dos eleitores pretendem digitar 45 para governador, a ordem de votação e a tradição, mais do que nomes ou santinhos, podem influenciar o resultado.

Com esse cenário, vale o monitoramento do desempenho dos eleitores na urna eletrônica. Entre a intenção de votar no candidato e a concretização desse desejo, existem variáveis que, até o dia da eleição, agirão sobre o eleitorado. Em disputas acirradas, detalhes fazem a diferença.

Além de ser a mais prejudicada pelo desconhecimento de seu número, Marina sofre revés quando os que pretendem elegê-la demonstram mais dificuldade em transformar a intenção verbalizada em voto de fato.

Na simulação de urna eletrônica, aplicada pelo Datafolha por meio de um aplicativo em tablet, cerca de 12% de seus eleitores acabam anulando o voto, votando em branco ou digitando algarismos de outros candidatos.

O quadro de indefinição lança nova luz sobre o último debate entre os presidenciáveis, que acontecerá na noite de quinta-feira (2). Para tentar liquidar a fatura com antecedência, falar para os "filhos da inclusão" é fundamental para Dilma.

Para a oposição, a candidatura cuja proposta melhor equacionar tradição e protesto deve ser finalista. Pelos cálculos de variabilidade do Datafolha, Dilma deve chegar para o confronto com taxa de intenção de voto entre 36% e 43%, Marina entre 22% e 28% e Aécio entre 18% e 23%.


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