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Eleições 2014

Marina vai adotar tom mais agressivo

Candidata abandona o discurso de 'vítima' e inicia ataques contra Dilma

'Queremos tirar votos de Dilma, e não de Aécio, para garantir 2º turno', diz integrante da campanha do PSB

MARINA DIAS DE SÃO PAULO

Diante da queda nos índices de intenção de voto que vem sendo registrada nas últimas pesquisas, a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, decidiu antecipar a estratégia mais agressiva que pretendia adotar só no segundo turno.

Aliados da candidata do PSB afirmaram à Folha que, no cenário atual, "não restou alternativa" senão antecipar o discurso que estava reservado para o segundo turno.

Até a semana passada, a cúpula da campanha acreditava que, apesar da perda de substância de Marina, seu lugar estava garantido no segundo turno.

O Datafolha divulgado nesta terça mostrou que diminuiu a distância entre Marina e Aécio Neves (PSDB). A pessebista perdeu cinco pontos em dez dias, e agora tem 25%, enquanto o tucano subiu três e chegou a 20%.

A mudança de tom foi registrada já na terça-feira (30). Marina deixou de lado o discurso de "vítima de uma campanha de boatos e mentiras", que vinha adotando desde o início de setembro, e assumiu o contra-ataque frente à sua principal adversária, a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.

Em evento de campanha em São Paulo, a candidata do PSB se referiu a Dilma como "essa gente" e disse que "a pior fraqueza" seria se tornar parecido com seu algoz.

"Não quero me parecer com essa gente", afirmou.

Um interlocutor de Marina justificou a mudança na estratégia: "Uma coisa é dar a outra face, outra é ser submisso a quem quer dominar".

O tom de Marina no evento contrastou com o de seu penúltimo programa na TV, que foi ar na noite de terça-feira. Ali, a presidenciável do PSB usou o tom emocional, com imagens do ex-companheiro de chapa, Eduardo Campos, morto em 13 de agosto, e os depoimentos da viúva e do filho do ex-governador.

Além de uma postura mais assertiva diante dos ataques, a equipe de Marina também vai explorar o que considera o maior trunfo da candidata: "uma biografia ética".

RETA FINAL

Faltando poucos dias para o primeiro turno da eleição, o clima na campanha da candidata mudou.

O esforço para conter a sensação de "já ganhou", que começou a surgir com a disparada da candidata nas pesquisas, logo após a morte de Campos, foi substituído por um sentimento de apreensão.

Na terça, Marina não quis comentar os últimos números da pesquisa do Datafolha. Na saída de um evento de campanha, limitou-se a dizer: "Vamos ver dia 5".

Aliados da candidata, no entanto, garantem que o principal temor da campanha não é o crescimento de Aécio nos últimos dias, o que poderia tirar da candidata a vaga no segundo turno.

Segundo eles, a principal preocupação nesta reta final será tentar evitar a vitória de Dilma já no primeiro turno.

"Queremos tirar votos de Dilma, e não de Aécio, para garantir que haja segundo turno", afirmou um dos coordenadores da campanha.


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