Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Especial

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Eleições 2014

Expansão de escolas foi maior após entrada de Skaf na política

Crescimento da rede do Sesi se acelerou a partir de 2010, quando empresário se candidatou pela primeira vez

Rede educacional é a maior bandeira eleitoral do candidato, que ocupa a presidência da entidade desde 2004

ALEXANDRE ARAGÃO DE SÃO PAULO

O ritmo de expansão das escolas do Sesi (Serviço Social da Indústria), principal bandeira da campanha de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo, teve aumento significativo a partir de 2010, quando ele concorreu ao cargo pela primeira vez.

Entre 2005 e 2009, a maior taxa de crescimento da área de escolas construídas, entre um ano e outro, foi de 5,3%.

A partir de 2010, entretanto, essa porcentagem chegou a quadruplicar --naquele ano, por exemplo, o aumento em relação a 2009 foi de 22,4%. A informação consta nos últimos relatórios anuais produzidos pela entidade.

Durante a campanha, Skaf procurou ressaltar suas realizações no Sesi. Presidente da entidade desde 2004, quando foi o primeiro candidato de oposição a vencer a disputa pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o peemedebista implantou a educação em tempo integral e disponibilizou vagas de ensino médio.

Apesar da coincidência de datas, o candidato sempre quis deixar claro que não houve interesse político em suas ações no Sesi. "Muitas das coisas que fiz como presidente da Fiesp não tinha prometido", afirmou, várias vezes, durante a disputa.

Ele também diz que o plano de implantação do ensino em período integral tem duração de dez anos, mesmo tempo que levaria, caso eleito, para colocá-lo em prática na rede de ensino estadual.

"Quero que todas as escolas do Estado se transformem em Sesis', tenham qualidade de ensino e professores valorizados", afirmou, em visita a uma escola da rede. "Tive esse sonho quando entrei no Sesi e realizei; gostaria de realizar no Estado."

De acordo com a legislação que regulamenta o repasse de dinheiro de empresas ao chamado "sistema S" --que, no caso da indústria, inclui também o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)--, a alíquota destinada ao Sesi é de 1,5% do total da folha de pagamento, com valores recolhidos pelo INSS.

Mesmo sem possuir caráter de imposto, a contribuição é obrigatória, o que impõe às entidades do "sistema S" regras de transparência.

O Sesi paulista disponibiliza as despesas de seu orçamento de duas maneiras: por finalidade (educação, cultura, desenvolvimento institucional etc.) e por natureza de despesa (gastos com pessoal, investimentos etc.).

Isso impossibilita saber quanto foi investido em educação, por exemplo, ou gasto com pagamento de professores. No início do mês passado, a Folha solicitou os dados ao Sesi, que se recusou a repassá-los.

A reportagem também requisitou a evolução no número de professores contratados, pedido que, outra vez, foi negado pela entidade.

OUTRO LADO

Em nota, o Sesi disse ser "uma entidade de direito privado, que não integra a administração pública". Afirmou ainda que, "por receber recursos provenientes das indústrias, aplica a seus procedimentos os princípios gerais da Constituição Federal".

"[O Sesi] presta conta de todas as suas despesas e receitas --desde auditorias externas até ao Conselho Regional e aos órgãos federais de controle, dentre os quais o TCU (Tribunal de Contas da União", continua a carta. "A entidade ressalta que cumpre, corretamente, com suas obrigações legais."

Procurada, a campanha de Paulo Skaf disse que não comentaria assuntos relacionados ao Sesi, uma vez que o candidato licenciou-se da presidência da entidade.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página