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Após quase 50 anos no poder, grupo de Sarney é derrotado no Maranhão

Com aliança pragmática, Flávio Dino, do PC do B, vence Lobão Filho

ENVIADO ESPECIAL AO MARANHÃO

Candidato da oposição, o ex-juiz federal Flávio Dino (PC do B) foi eleito governador do Maranhão neste domingo (5), numa eleição que encerra um ciclo de quase 50 anos de poder no Estado do grupo político do senador José Sarney (PMDB-AP).

Ele recebeu 64% dos votos válidos e derrotou o candidato Edison Lobão Filho (PMDB), apoiado pela família Sarney, que teve 34%.

Advogado e ex-presidente da Embratur, Dino liderou as pesquisas com folga durante toda a campanha.

Derrotado no primeiro turno pela governadora Roseana Sarney em 2010, Dino fez neste ano uma aliança pragmática para evitar nova derrota. Reuniu os principais partidos da oposição e antigos aliados da chamada "oligarquia", como o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), que rompeu com Sarney em 2004.

Apesar da marca forte como "candidato da oposição", Dino dizia ter apoio dos três principais postulantes ao Planalto: o PC do B é aliado dos petistas nacionalmente, o seu vice é do PSDB, de Aécio Neves, e o candidato ao Senado é do PSB, de Marina Silva.

Ele não declarou em quem votou para presidente. O PT apoiou Lobão Filho por imposição do comando nacional da sigla, mas uma ala do partido fez campanha para Dino.

Além de pregar o fim da "oligarquia", Dino apresentou como principais promessas de campanha versões locais de programas do governo federal, como o Mais Médicos estadual e o Minha Casa, Meu Maranhão.

Aliados e até adversários afirmam que Dino se beneficiou de um sentimento por "mudança" que dominou a campanha no Estado.

"Nosso adversário não tinha um rosto. Havia um sentimento da população, e o Flávio conseguiu se apresentar como condutor dessa mudança", disse o ex-ministro Gastão Vieira (PMDB), que disputou o Senado na chapa de Lobão Filho. Ele foi derrotado por Roberto Rocha, da mesma aliança de Dino.

A trajetória de Dino foi marcada pela morte prematura, em 2012, do filho mais novo. Marcelo, 13, teve uma crise de asma que levou a uma parada cardíaca --a família acusou de má conduta o hospital privado de Brasília que atendeu o adolescente.


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