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Eleições 2014

Em aceno para Marina, Aécio diz que é 'hora de unir forças'

Contra Dilma, tucano vai explorar denúncias de corrupção na Petrobras e problemas na economia

Aposta é de que a aproximação com o PSB se dê via Walter Feldman, que por anos militou no PSDB

DANIELA LIMA FERNANDA ODILLA ENVIADAS ESPECIAIS A BELO HORIZONTE

Confirmada a virada surpreendente que o levou para o segundo turno da disputa presidencial, o candidato do PSDB, Aécio Neves, fez um aceno na noite deste domingo (%) à ex-senadora Marina Silva, que concorreu pelo PSB e ficou em terceiro lugar.

"É hora de unirmos as forças. A minha candidatura não é mais de um partido político, de um conjunto de alianças. É um sentimento mais puro de todos os brasileiros que ainda têm a capacidade de se indignar e principalmente de sonhar. Portanto vamos acreditar que é possível dar ao Brasil um governo que una decência e eficiência", disse o tucano, que obteve 34% dos votos válidos.

Aécio disse não ter conversado com Marina. Em outro gesto a ela, disse que todas as forças que quiserem se somar à sua caminhada "serão bem-vindas".

O tucano fez críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), sua adversária no segundo turno, ao dizer que ela perdeu a oportunidade de entregar um país melhor aos brasileiros.

"Esse sentimento de mudança amplamente presente no Brasil já foi vitorioso no primeiro turno. Os candidatos de oposição somados foram vitoriosos, tiveram a maioria dos votos. É isso que nós temos que buscar agora no segundo turno", disse.

Aécio falou no comitê de sua campanha em Belo Horizonte, onde dezenas de apoiadores o aguardavam. Ele saiu do local carregado.

Ex-governador de Minas e senador pelo Estado, ele se manteve em segundo lugar na disputa até que o ex-governador Eduardo Campos (PE), então candidato do PSB à Presidência, morreu em um acidente aéreo.

A tragédia trouxe Marina Silva à cena. Ao assumir a candidatura, ela despontou nas pesquisas e isolou Aécio na terceira colocação.

O cenário fez que ele tivesse que lidar com defecções em sua coligação. Analistas políticos deram a candidatura como caso perdido e pipocaram rumores de que poderia abandonar a campanha.

Irritado, o tucano chamou as projeções de "burrice" e pediu "sangue frio" e "serenidade" aos apoiadores. Aos poucos, Aécio avançou, enquanto Marina, sob ataques do PT e do próprio tucano, começou a perder votos.

Agora, para o segundo turno, ele planeja mudanças. A equipe de TV, que produz a propaganda eleitoral, será reforçada.

Não está descartada nem a contratação de um segundo marqueteiro, para auxiliar o coordenador de comunicação, Paulo Vasconcelos.

Haverá também um esforço para fortalecer o caixa da campanha. Aécio, que chegou a liderar as arrecadações no primeiro mês da disputa, viu o caixa diminuir junto com o índice de intenções de votos.

No campo da estratégia, os tucanos vão explorar as sucessivas denúncias de corrupção na Petrobras para desgastar o governo Dilma. E irão reforçar as críticas ao andamento da economia.

Politicamente, o tucano trabalhará para atrair os eleitores de Marina. Desde o debate da Rede Globo, na quinta-feira (2), ele foi orientado a não fazer mais ataques à pessebista.

A aposta é de que a aproximação com Marina se dê com o apoio do ex-deputado Walter Feldman, que por anos militou no PSDB. Ele é hoje um dos principais conselheiros da ex-senadora.


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