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Análise

Tucano vai à fase final mais forte do que esperava, mas sabe que cometeu erros

AÉCIO NÃO DESISTIU QUANDO ATÉ ALGUNS ALIADOS RECOMENDARAM A RENÚNCIA. FOI SEU MAIOR MÉRITO

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

Antes de sair da disputa, vítima de uma tragédia, seu amigo Eduardo Campos (PSB) disse que não iria desistir do Brasil. Sentimento semelhante bateu em Aécio Neves no seu pior momento da eleição. Ele não desistiu de sua candidatura quando até alguns aliados chegaram a recomendar que renunciasse.

Foi seu maior mérito e um dos motivos de sua "reação histórica", que deixou o PT perplexo. Em vez de entregar os pontos e se contentar com o "rumo das coisas", o senador mineiro decidiu que iria até o fim lutando, acreditando no "impossível".

Aos amigos mais próximos, reconhecia que sua situação ficara muito difícil, uma tragédia caíra sobre sua campanha. Pior, porém, seria esmorecer e desistir de tentar uma reação, mesmo sabendo que alguns a colocavam na cota de milagre.

Naquele início de setembro, visto como carta fora do baralho quando despencou de 20% para 14% nas pesquisas, o mineiro reuniu forças e reorganizou quase sozinho seu exército, que naquele momento se restringia a seus assessores mais próximos.

Seus aliados já falavam em como se aproximar de Marina Silva, que, naquele momento, empatava com Dilma Rousseff no primeiro turno e abria boa diferença para presidente nas simulações da reta final da campanha.

Manteve pelo menos o apoio e o estímulo daquele que foi seu principal cabo eleitoral dentro do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que ainda dizia ser possível uma virada na reta final da eleição.

Amigos dizem que, naqueles dias, Aécio recuperara o brilho nos olhos e passava uma confiança numa onda tucana final, que veio mais forte do que os maiores dos otimistas em seu partido.

Entra no segundo turno com o sabor de obter uma votação maior que a de José Serra em 2010, mas sabe que cometeu muitos erros e contou com a ajuda do PT na sua operação de desconstrução da imagem de Marina Silva.

O primeiro erro foi acreditar que o apoio de Minas viria por gravidade. De líder em seu Estado, viu Dilma assumir a dianteira entre os mineiros. Seu candidato ao governo, Pimenta da Veiga, não decolou e foi derrotado pelo petista Fernando Pimentel, amigo da presidente.

Depois, ficou imobilizado quando Campos morreu e foi substituído por Marina. Assistiu, parado, a ambientalista lhe atropelar. Demorou para comandar uma reação. No final, deu certo. Termina o primeiro turno mais forte do que ele próprio calculava.


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