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Eleições 2014

Lula se impõe sobre dilmistas e já entra na corrida por 2018

Apesar de derrotas em SP e no RJ, aliados do ex-presidente cogitam lançar seu nome para o Planalto em quatro anos

Lula diz que é cedo, mas afirma 'pensar política até o último dia'; Dilma só se recupera após seu mentor sair às ruas

CATIA SEABRA MÁRCIO FALCÃO DE SÃO PAULO

Dentro do PT, a luta continua. Mal acabou o primeiro turno, aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já lançavam ontem sua candidatura à Presidência em 2018.

Numa demonstração de que o partido encerra o primeiro turno dividido entre lulistas e os aliados da presidente Dilma Rousseff, Lula nem sequer pestanejou quando questionado sobre o desejo de concorrer daqui a quatro anos.

"Penso política até o último dia da minha vida. Agora, não é possível discutir candidatura no momento em que a eleição não terminou. Isso vai se discutir em 2017", afirmou ele.

O ex-presidente reconheceu, porém, que a idade pode ser um empecilho para seu projeto político.

"Vou fazer 69 anos pelos documentos amanhã e pelas informações de minha mãe no dia 27 de outubro. Quem chega aos 70 anos tem que dar graças a Deus de estar vivo nos próximos quatro anos".

No primeiro turno (ou round), ministros de Dilma pregavam o afastamento do ex-presidente, especialmente após o movimento de "volta, Lula". Pesou o argumento de que Dilma deveria ser poupada de uma associação com o mensalão.

Lula, no entanto, teve que ser convocado quando a presidente amargava um empate com a ex-ministra Marina Silva, em 34%. Ele assumiu, então, o confronto com Marina e foi às ruas de São Paulo. Só depois disso Dilma se recuperou nas pesquisas.

"Fico feliz de ter participado", disse Lula.

Ele também derrotou conselheiros do palácio ao convencer Dilma a incluir a corrupção no debate eleitoral. Ontem, ele já ditava a linha da disputa no segundo turno. Para ele, a comparação entre a política econômica dos governos do PSDB e do PT entrará em cena. Mas a corrupção será a tônica do embate.

"Aécio é um cara que tem falado muito em corrupção, e esse é o tema que acho que a Dilma vai querer debater com Aécio também, porque é sempre apaixonante, cheio de diz-que-diz."

Após votar na manhã de ontem em São Bernardo do Campo (SP), Lula manteve os ataques a Marina. Disse apostar na chegada do tucano Aécio Neves ao segundo turno porque "não se inventa candidatura de última hora".

Sem citar Marina, Lula fez ainda uma crítica velada à candidata do PSB, que chorara ao ser informada de comentários sarcásticos do ex-presidente: "Quem tinha de falar já falou, quem tinha de gritar já gritou, quem tinha de chorar já chorou. Agora, todo mundo se subordina à consciência política do povo que vai votar".

Apesar do desempenho no cenário nacional, Lula sofreu reveses nos Estados, com a derrota de seus apadrinhados no Rio e São Paulo. A ala dilmista ganhou força com a vitória de petistas rejeitados por Lula, como em Minas Gerais e na Bahia.

Na saída da escola onde votou, na cidade do ABC paulista, Lula avisou que descansará nos próximos dois dias para se dedicar ao segundo turno. "Vou recuperar um pouco a garganta, porque vai ter muito comício", adiantou.

No caminho até a seção, foi cercado por eleitores, posou para fotos ao lado de Alexandre Padilha e do candidato a deputado Frank Aguiar.

Segundo petistas, ele pretende participar mais ativamente do comando da campanha. "Vamos que vamos", conclamou.


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