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Eleições 2014

Dilma admite fracasso em SP e amplia equipe da campanha

Presidente transfere Mercadante de ministério para comitê da reeleição, convoca novos governadores eleitos pelo PT no domingo e busca estratégia para reagir em reduto tucano

DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff reconheceu o mau desempenho em São Paulo, uma das principais explicações para seu desempenho frustrante no primeiro turno das eleições presidenciais no domingo, e anunciou reforços na equipe que comanda sua campanha à reeleição.

"Meu diagnóstico é assim simples: eu não tive voto [em São Paulo]. Não tem diagnóstico mais simples e mais humilde. Diagnostico que não tive voto. A gente pode fazer todas as suposições, mas tem que partir desse princípio e buscá-lo", disse a presidente nesta terça-feira (6) ao final de uma reunião com aliados, em Brasília.

O PT alcançou resultados decepcionantes no maior colégio eleitoral do país, onde conseguiu apenas 26% dos votos válidos. O adversário de Dilma, o senador tucano Aécio Neves, conquistou 44% dos votos do Estado, que é governado pelo PSDB há quase duas décadas.

Graças à força eleitoral do PT no Nordeste, Dilma chegou na frente no primeiro turno, com 42% dos votos do país, mas o impulso que o eleitorado paulista deu a Aécio permitiu que ele saísse das urnas com 34%.

O placar acendeu um sinal amarelo e levou a presidente a reforçar a coordenação da campanha. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, se afastou do cargo para ajudá-la. Os governadores eleitos domingo pelo PT, Fernando Pimentel (MG) e Rui Costa (BA), também foram convocados.

Mercadante terá como uma de suas principais funções a de porta-voz econômico da campanha, atribuição considerada estratégica no propósito de confrontar os projetos econômicos dos dois partidos rivais.

Sua indicação, porém, causou desconforto entre os atuais coordenadores. Na avaliação desse grupo, existe o risco de que o múltiplo comando provoque ruídos e desencontros na estratégia da campanha.

Desde domingo, os petistas tentam entender a hostilidade dos paulistas. "Pretendo dar toda atenção a São Paulo, olhar com muito cuidado propostas específicas para o Estado e ampliar o debate sobre os temas e melhorar a comunicação com todos os setores em São Paulo, sem exceção", afirmou Dilma.

O encontro desta terça-feira reuniu governadores e senadores eleitos pelo PT e por outros partidos governistas em um hotel em Brasília, além de candidatos que disputam o segundo turno das eleições nos Estados.

Dilma desfiou números da economia que serão usados para fazer comparações com os resultados obtidos pelos governos tucanos antes da chegada do PT ao poder e falou dos novos programas que vai promover na campanha eleitoral. Para tentar se recuperar em São Paulo, o comitê de Dilma decidiu intensificar seus compromissos de campanha na periferia da capital paulista.

Apesar da avaliação negativa sobre o desempenho em São Paulo, o discurso geral foi de confiança na vitória no segundo turno. Falando logo depois de Dilma, o marqueteiro João Santana disse que uma candidata que saiu com 8 milhões de votos na frente no primeiro turno, comandando um governo com tantas realizações sociais, "não tem como perder a eleição".


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