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Mantega e Armínio debatem inflação e crise

Ministro defende BNDES, e ex-presidente do BC pede modelo que permita juro baixo para todos

DO RIO

Sem bate-boca ou momentos de maior tensão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, defenderam as políticas anti-inflação dos governos de PT e PSDB, respectivamente, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da Globonews.

"É um problema que massacrou o país por muitos anos", disse Armínio. Para Mantega, a "inflação não vai terminar neste ano acima [do teto] da meta [que é 6,5%]".

O ponto alto foi a discussão do papel dos bancos públicos. "Se não tivesse o BNDES, não teríamos como fazer crescer o investimento na crise", afirmou Mantega. Para Armínio, o país precisa de um modelo de juro mais baixo para todos, não só para "quem toma dinheiro no BNDES."

O ex-presidente do BC disse ser "preocupante" o cenário de inflação "mascarada" pelo governo e baixo crescimento. Para o ministro, a pressão inflacionária vem da seca e da alta da energia.

"Eles também ficaram muito longe de atingir o centro da meta", disse Mantega, referindo-se aos tucanos. "Não acredito que foi por causa do governo Lula que a inflação subiu. Era porque a economia brasileira estava fragilizada e teve de recorrer ao FMI."

Armínio retrucou: "O FMI entrou não para nos financiar: 80% dos recursos nós levantamos para facilitar a chegada do governo Lula, que felizmente chegou, trabalhou bem e desfez essa tensão".

CRESCIMENTO

Sobre o baixo crescimento do país, Mantega alegou que a economia global "vive a maior crise em 80 anos". Armínio rebateu dizendo que a crise ocorreu em 2009.

Por fim, o ministro disse ser preciso "aumentar o investimento em construção e mobilidade urbana e infraestrutura (...), o que já está em curso". Armínio, por sua vez, criticou o subsídio de R$ 400 bilhões ao BNDES, "comparável a todo o programa Bolsa Família e mais [80%] do Minha Casa, Minha Vida".


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