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Eleições 2014

Oposição usa investigações na Petrobras para 'golpe', diz Dilma

Presidente ataca o que chama de 'uso eleitoral' dos depoimentos de ex-diretor da estatal e de doleiro

Petista vê divulgação como 'estarrecedora'; em nota, Justiça Federal no PR nega que áudios tenham sido vazados

DE PORTO ALEGRE DE BRASÍLIA

Em discurso de improviso na tarde desta sexta-feira (10) em Canoas (RS), a presidente Dilma Rousseff (PT) acusou a oposição de usar as investigações da Petrobras para dar um "golpe" no país.

"Eles [oposição] jamais investigaram, jamais puniram, jamais procuraram mudar esse crime terrível que é o crime da corrupção. Agora, na véspera eleitoral, sempre querem dar um golpe. E estão dando um golpe. Esse golpe nós não podemos concordar", afirmou a petista, diante de aplausos de militantes.

Nesta quinta (9), foram divulgados áudios dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef à Justiça --eles acusaram o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, de receber para a sigla verbas desviadas de obras da estatal. O tesoureiro nega.

Na sua fala em Canoas, Dilma repetiu parte do que dissera no início da tarde em Brasília ao atacar o "uso eleitoral" das investigações.

Na entrevista em Brasília, a presidente criticou a divulgação dos depoimentos. "Que haja de fato interesse legítimo, real e concreto de punir corruptos e corruptores, mas que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais e de forma incompleta, porque nós não temos acesso a todas as informações."

"Sei também, por informação tanto do Ministério Público quanto do Supremo Tribunal Federal, do ministro responsável, que essas informações ainda estão sob sigilo. Então acho muito estranho e muito estarrecedor que, no meio de uma campanha eleitoral, façam esse tipo de divulgação", acrescentou ela.

Os depoimentos de Costa e Youssef nesta quinta não eram sigilosos --foram feitos numa ação já em curso na Justiça Federal, sem sigilo.

Além disso, ambos firmaram acordos de delação premiada com o Ministério Público para dar detalhes sobre o esquema. Os depoimentos dessa delação, porém, são sigilosos, e suas íntegras ainda não vieram a público. O governo Dilma pediu acesso a eles, mas ainda não obteve.

"A delação premiada, para ser aceita, tem que estar baseada em provas. O que eu suponho? Que lá esteja a maior parte das provas, que lá tenha um arco bem maior que esse que foi divulgado. O que eu considero incorreto é divulgar parcialmente num momento eleitoral", disse Dilma.

Nesta sexta (10), o ministro licenciado Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) publicou no site da campanha do PT texto em que vê nas denúncias "gravíssima tentativa de manipular a eleição".

NOTA DA JUSTIÇA

A Justiça Federal no Paraná divulgou nota rebatendo a acusação de "vazamento".

O texto lembra que os depoimentos são relativos a uma das dez ações penais do caso, deflagrado com a Operação Lava Jato da Polícia Federal, na qual Costa e Youssef foram presos. "Referidas ações penais não tramitam em segredo de Justiça e, portanto, estão sujeitas ao princípio da publicidade", afirma a nota.


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