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Ex-ministro de Lula deixa comando do PSB

Roberto Amaral é substituído por Carlos Siqueira, que defendeu apoio da sigla a Aécio Neves

RANIER BRAGON DE BRASÍLIA

A ala do PSB que patrocinou o apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência assumiu o comando da legenda na segunda (13).

O então primeiro-secretário, Carlos Siqueira, um dos que defenderam a adesão ao tucano, foi eleito para a presidência da sigla no lugar do ex-ministro Roberto Amaral, favorável à reeleição de Dilma Rousseff (PT).

Aliado histórico do PT até o segundo semestre de 2013, o PSB rompeu com Dilma e lançou o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na disputa pelo Planalto. Com a morte de Campos em um acidente aéreo em agosto, Marina Silva assumiu a candidatura do PSB, mas acabou o primeiro turno eleitoral em terceiro lugar.

Com isso, a sigla se dividiu entre Dilma e Aécio, mas Marina, o grupo político de Campos e a seção paulista, aliada ao tucano Geraldo Alckmin, acabaram reunindo a maioria dentro do partido.

A troca de comando foi tomada por aclamação em reunião do diretório nacional realizada no Hotel Nacional, na região central de Brasília.

Amaral não compareceu. Ele havia divulgado texto acusando seu partido de trair os ideais socialistas e de aderir aos tucanos com o objetivo de ocupar espaço em eventual nova gestão no Planalto.

A ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina, outra das insatisfeitas com a decisão do PSB, também se ausentou. Nenhum dos dois compõem a nova executiva do partido.

Coube à senadora Lídice da Mata, da Bahia, ler uma carta dos insatisfeitos. De acordo com o texto, o apoio a Aécio foi "eleitoral e episódico e não fala para a política, para a esquerda e o socialismo renovador".

O novo presidente da sigla negou que a legenda tenha se pautado pelo "toma lá, dá cá" no acerto. "Somos críticos a um e outro, estamos fazendo uma aliança circunstancial", disse Siqueira, ressaltando que o PSB não podia se omitir neste momento "crucial".

Pesaram tanto na decisão do partido quanto na de Marina a mágoa com a operação de desconstrução da candidata, patrocinada pelo PT no primeiro turno das eleições.

Siqueira também disse estar superada a divergência que teve com Marina após a morte de Campos, que o levou a abandonar a coordenação da campanha. Ele afirmou ter telefonado para a ex-candidata na semana passada para dizer que não representará obstáculo à sua permanência no partido.

A tendência é que Marina deixe a sigla assim que conseguir montar seu partido, a Rede Sustentabilidade.

Na nova composição do PSB, assumirá a primeira-vice-presidência da sigla o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, cuja candidatura no Estado foi escolha pessoal de Eduardo Campos. O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, outra escolha política de Campos, será o primeiro-secretário, cargo que era de Siqueira.


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