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Estilo e serviço são táticas para se destacar

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Abrir um hostel não é só alugar uma casa e encher de beliches. Quem afirma é Ricardo Alves, sócio do City Lights Hostel, aberto há cinco meses no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

Em razão da crescente concorrência entre os hostels, dar uma personalidade ao empreendimento e buscar novos nichos de mercado são estratégias importantes para se destacar no segmento.

Foi o que Alves e seu sócio, Lucas de Souza, fizeram. Além da hospedagem, eles oferecem um serviço chamado Flower Power Alternative Trip. Com uma Land Rover, levam os hóspedes em viagens para localidades próximas à capital paulista.

"Nosso roteiro inclui do litoral norte de São Paulo até o sul do Rio de Janeiro. Mas os hóspedes também podem sugerir locais que queiram visitar", explica Souza.

Carlos Augusto Silveira, presidente da Federação Brasileira de Albergues da Juventude (FBAJ), também reforça a importância de buscar formas de se destacar.

"Tem que variar, fugir do feijão com arroz", diz. "Os hostels estão ficando cada vez mais temáticos. Isso é uma tendência do mercado."

BUTIQUE

Em São Paulo, essa tendência começa a surgir em alguns empreendimentos. É o caso do chamado "hostel butique", estabelecimento voltados para um público que procura o espírito de hostel sem abrir mão de privacidade e conforto -e, claro, disposto a pagar mais por isso.

Em geral, oferecem decoração requintada e alguns quartos privativos, com frigobar e ar-condicionado. A diária pode passar de R$ 150, muito acima da média de R$ 40 de um hostel comum.

Inaugurado há três meses na Vila Madalena, zona oeste, o WE Hostel Design é um dos que apostam nesse perfil. Tem decoração moderna, móveis coloridos e iluminação planejada nas áreas comuns. Conta também com um quarto exclusivo para casal, com varanda privativa.

Guilherme Oliveira Perez, sócio do empreendimento, conta que sempre se hospedou em hostels em suas viagens pelo mundo, mas sentia falta de estabelecimentos mais personalizados.

"Percebia que muitos albergues não iam além do convencional. Sentia falta de algo com mais atenção aos detalhes", afirma Perez.

Na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, criar um espaço cultural foi a forma que o Telstar Hostel, aberto no ano passado, encontrou para se diferenciar dos demais.

Os seus sócios apostam em uma agenda cultural alternativa e costumam promover exposições, shows e apresentações de DJs.

"Em novembro, teremos uma exposição de shapes [pranchas] de skate decorados por 20 artistas plásticos", conta Fábio Casaca, sócio do albergue. Para 2013, o hostel planeja uma mostra de cinema de curta-metragem.

Casaca diz que, no primeiro ano, os sócios estavam focados em aprender a administrar um hostel. Agora, relata, trabalham para oferecer algo que o diferencie.


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