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Escolha Certa

Antes de optar por curso, trace um plano para a carreira e veja o que você ainda precisa aprender

EDUARDO KORMIVES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O analista de marketing digital Adriano Ortolani, 28, decidiu desembolsar os R$ 16 mil necessários para cursar uma pós-graduação na USP com a intenção de acelerar a carreira. Apesar do calibre da instituição, ficou decepcionado com o foco teórico da especialização que escolheu.

Histórias como essa se multiplicam no mesmo ritmo da expansão dos cursos de pós-graduação no país. Para evitar surpresas, os especialistas dizem que a pesquisa que o aluno faz antes de se inscrever em um curso não pode se limitar ao prestígio da instituição.

É preciso levar em conta o conteúdo, o currículo dos professores e a carga horária. "O retorno do seu investimento não pode ser o diploma: tem que ser o conteúdo", aconselha Luiz Mariano, sócio-diretor da consultoria de recursos humanos Flow.

PASSO A PASSO

O processo de escolha deve começar com uma autoanálise da carreira, do momento atual em que o estudante está e das perspectivas de crescimento profissional. "Não dá para se decidir sem um projeto", diz Renato Guimarães, coordenador de especialização da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas.

"Há casos em que o profissional escolhe fazer um curso de peso para alavancar a carreira, mas não fala inglês, o que, muitas vezes, é mais importante", complementa Fábio Cunha, gerente da consultoria Michael Page.

O passo seguinte é avaliar qual formato de pós-graduação favorecerá a aquisição das novas competências desejadas -conhecimento a ser colocado em prática para gerar resultado.

Os cursos "stricto sensu", que englobam mestrado (acadêmico ou profissional) e doutorado, duram de dois a quatro anos e são voltados para a formação de pesquisadores e professores universitários. A diferença entre os tipos de pós-graduação é que o mestrado profissional, ainda escasso no país, aprofunda o aprendizado de uma carreira, não de uma área de conhecimento específica.

O foco dos cursos "lato sensu" são as demandas do mercado. Nesse grupo, estão as especializações, com aulas que somam em média 360 horas. Apesar do nome, os programas de MBA (mestrado em administração de negócios, na sigla em inglês) também são considerados especializações pelo MEC (Ministério da Educação).

Luiz Edmundo Rosa, diretor de educação da ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), destaca que a maior dificuldade de cursar MBA no Brasil é escolher uma boa escola.

Uma dica para checar a qualidade da instituição é verificar se o programa consta em rankings internacionais. Outro indicador é o próprio processo seletivo -ou a ausência dele. Boas escolas oferecem não apenas conteúdo, mas uma rede sólida de relacionamentos.

Por conta disso, programas de mestrado e de MBA que dividem a formação entre o Brasil e o exterior podem ser uma boa opção. "Nesse caso, você ganha duas redes de relacionamento", conclui Rosa.


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