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Curso em instituição de elite no exterior turbina o currículo

EUA concentram universidades com excelência na área de negócios e Alemanha se destaca na pesquisa de engenharia

PATRÍCIA ARAÚJO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No ano passado, Lucas Sancassini, 28, deixou São Paulo em direção a Nova York para fazer um MBA na Columbia Business School. Com o patrocínio do banco em que trabalha, candidatou-se a uma vaga e foi aprovado em uma das instituições dos EUA mais prestigiadas e em um país que é referência na área de negócios.

"Aprender em um local que é líder em determinada área ainda é uma maneira de se destacar diante dos outros profissionais", diz ele, que, ao voltar do curso, em 2014, deve ocupar cargo como alto executivo no banco.

Sancassini faz parte de um grupo de 9.029 brasileiros que, atualmente, estudam nos EUA, segundo estimativa da StudentUSA, instituição do governo americano que incentiva o intercâmbio estudantil. Desse total, 32,7% são alunos de pós-graduação ("stricto sensu" e "lato sensu").

A área de negócios é a que concentra o maior percentual de estudantes brasileiros matriculados nos Estados Unidos: 26,3%.

A maior parte deles está distribuída entre as universidades da Califórnia, Illinois, Nova York, Purdue e Columbia. O país é destaque ainda em ciência da computação, com 3,2% do total de estudantes brasileiros matriculados em cursos da área e com o prestigiado centro de estudos MIT (Massachusetts Institute of Technology).

REFERÊNCIA

Assim como nos EUA, vários países tendem cada vez mais a concentrar estudantes de pós-graduação em áreas nas quais são considerados de referência, mesmo que suas universidades não apareçam em rankings mundiais ou que estejam abaixo dos primeiros lugares nas listas Times Higher Education e QS World University Ranking.

"Se você for à [universidade] número 20 em um desses rankings em uma área, você ainda vai ter um curso super de primeira porque todas conseguem ser fortes", diz Rodrigo Gaspar, gerente de marketing do British Council.

De acordo com ele, tradição e referência em uma área contam mais do que uma posição na lista: dos atuais 1.600 brasileiros matriculados em universidades do Reino Unido, 1.200 fazem pós-graduação nos temas em que a região é considerada referência mundial: direito, relações internacionais, design e comunicação (esta última ao lado dos Estados Unidos).

Nesses cursos, as universidades mais procuradas são King's College, University College London, Universidade de Warwick, Universidade de Manchester e a University of the Arts London.

Outros exemplos são registrados em diversos campos de estudo. Em várias áreas da engenharia, a Alemanha segue como foco de atração de estudantes estrangeiros, embora as quatro primeiras universidades no ranking da Times Higher Education sejam norte-americanas.

Já a França é destaque no estudo de ramos de aeronáutica e de engenharia nuclear, sendo o Institut Mines-Télécom um dos principais centros de estudo.

Na área de fontes renováveis, a Alemanha também é destaque no setor de energia solar fotovoltaica, com o Instituto Fraunhofer. Em eólica, a Dinamarca abriga o principal centro de pesquisa na área: a Universidade Técnica da Dinamarca.

Já a Espanha é referência em energia solar heliotérmica, com o Ciemat (Centro de Pesquisas Energéticas, Ambientais e Tecnológicas) sendo um dos carros-chefes.

Na visão do representante do British Council, fazer uma pós-graduação no exterior pode ser mais benéfico ao estudante do que optar por uma graduação fora do país.

"O brasileiro ainda tem 17 anos quando passa no vestibular. É imaturo. Quando ele se forma e tem 23 ou 24 anos, efetivamente escolhe a área de atuação e vai precisar de algum tipo de reciclagem."

Célio Cunha, professor de educação da Universidade Católica de Brasília, afirma que, mesmo nos dias atuais, em que o país possui universidades de destaque no mundo, é válido se especializar no exterior porque "a circulação de conhecimento é vital".

José Augusto Martini, 27, fez mestrado em relações internacionais na Universidade de Nottingham (Reino Unido). Ele diz que o curso era "mais reflexivo, voltado para o aluno pensar e desenvolver uma opinião própria".

"Isso é fundamental para um profissional de qualidade", afirma.


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