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Mais vítimas passam mal e são internadas por ter inalado fumaça
Segundo o governo do Rio Grande do Sul, total de hospitalizados chegou a 142 pessoas ontem
Novas internações são para observação; número de vítimas em estado grave de saúde caiu de 87 para 82
Após ir para casa depois da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, algumas pessoas que estavam no incêndio e inalaram fumaça precisaram ser internadas ontem. Com isso, o número de vítimas hospitalizadas em decorrência do incêndio subiu ontem de 121 para 142.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, o aumento nas internações se deve, também, à revisão dos números. Já os novos casos, diz, são de pessoas que procuraram os serviços de saúde e foram internadas para observação.
É o caso da estudante de zootecnia Victória Bartmer Alves, 21. Retirada da Kiss por um desconhecido, ela passou mal e foi internada ontem.
Segundo os médicos, ela ficará em observação por uma semana. "Só tenho que agradecer por ela estar viva. Perto do que os outros pais estão passando, me sinto aliviado", afirmou o pai da jovem, o caminhoneiro Argeu Alves, 53.
O número de casos graves diminuiu de 87 para 82 -esses pacientes respiram com a ajuda de aparelhos. Duas vítimas internadas no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, porém, receberam alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e foram transferidas para leitos.
O governo gaúcho informou que, desde domingo, 568 pessoas já foram atendidas por causa do incêndio. O número total de mortes confirmadas é de 235.
Médicos que atendem as vítimas espalhadas em 13 hospitais dizem trabalhar no limite de suas forças. A maioria dos pacientes graves está em Porto Alegre. São 57 internados, sendo que 53 respiram por aparelhos.
Em Santa Maria, há 80 pessoas internadas, 25 na UTI. Há ainda pacientes em Canoas, Ijuí e Caixas do Sul.
INALAÇÃO DE FUMAÇA
Todos os pacientes estão com problemas respiratórios por inalação de fumaça tóxica.
"Em todos os casos em que a principal causa de internação é a inalação [da fumaça], os pacientes passam pela situação da pneumonite química", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
De acordo com Padilha, há 20 pacientes cujo "quadro principal são grandes queimaduras".
