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Brasil de Felipão dá mais valor ao passe que ao drible

SELEÇÃO
Treinador quer jogadores mais solidários e úteis para a equipe

MARTÍN FERNANDEZ DO ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA

A seleção brasileira abandonou os dribles. Nas duas partidas que fez sob o comando de Luiz Felipe Scolari em 2013, o Brasil praticamente não tentou fintar o rival.

Foram apenas oito vezes no empate em 2 a 2 com a Itália na noite de anteontem, em Genebra. E outras dez diante da Inglaterra na estreia de Felipão (derrota por 2 a 1), em 6 de fevereiro, em Londres, de acordo com o Datafolha.

Ao mesmo tempo, o time passou a trocar mais passes. Cada jogador fica menos tempo com a bola, mas a faz circular mais. E mais rápido.

O Brasil deu 455 passes contra a Itália e já havia

feito 427 contra os ingleses. Na primeira passagem do treinador pelo time da CBF, a média foi de 397 por jogo.

A média de nove dribles por partida é muito inferior inclusive à da seleção brasileira entre 2001 e 2002, quando era treinada pelo mesmo Luiz Felipe Scolari: 29,3 vezes por partida, no time que foi pentacampeão mundial com Ronaldinho e Ronaldo.

Nesta segunda passagem de Felipão pela seleção são só dois jogos até agora e contra adversários tradicionais, com camisas pesadas, mas, ainda assim, o número é muito abaixo de qualquer parâmetro de comparação.

No Brasileiro-2012, só Neymar tentou em média 7,5 dribles por partida -quase a média atual da seleção toda.

A mudança de estilo se deve também ao tipo de mentalidade que o técnico quer implantar na equipe no caminho para a Copa de 2014.

Os elogios de Felipão a Neymar após o jogo contra a Itália resumem a mudança pretendida. "Ele está preocupado em jogar para o time, em ser útil para a seleção."

O meia Oscar, maior responsável pela armação das jogadas de ataque, diz ver semelhanças entre o futebol inglês e o novo estilo do Brasil.

"O jogo na Inglaterra é muito intenso. Essa característica me ajudou", disse o camisa 10 da seleção, que defende o londrino Chelsea.

O volante Jean, cotado para ser titular contra a Rússia, afirmou que essa foi a maior diferença entre Brasil e Itália na gelada noite de Genebra. "Eles jogaram com lançamentos longos, enquanto nós preferimos a bola no chão."

O Brasil enfrentará na segunda uma defesa ainda mais segura que as de Inglaterra e Itália. Nos quatro jogos que fez pelas eliminatórias europeias para a Copa, a Rússia não sofreu gol. No mesmo número de partidas, os italianos foram vazados quatro vezes, e os ingleses, duas.

AMISTOSO SOB RISCO

Ainda não se sabe que time entrará em campo contra o Brasil, em Londres. A Rússia, que pegaria a Irlanda do Norte ontem, teve seu jogo pelas eliminatórias adiado para hoje devido à nevasca. Como o intervalo entre as partidas diminuiu, o técnico Fabio Capello pode não ter sua força máxima à disposição.


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