Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

100 jogos sem Valdívia

Hoje, no jogo do Palmeiras ante o Mirassol, o camisa 10 atinge a marca histórica de desfalques na segunda passagem pelo clube

FABIO LEITE DE SÃO PAULO

Quando a bola rolar hoje às 19h30 em Mirassol, uma marca histórica, porém invisível, será alcançada pelo principal e mais caro jogador do elenco do Palmeiras.

Com uma vasta série de lesões, 12 suspensões e até uma dispensa por sofrer sequestro relâmpago no currículo, Valdivia completa cem partidas sem jogar nesta segunda passagem pelo clube.

Desde que reestreou no Palmeiras, no dia 22 de agosto de 2010, o meia chileno entrou em campo em 91 dos 190 jogos feitos pelo time (47,9%). A maior vilã foram as lesões -mais de 15-, que tiraram Valdivia de 82 dos 99 jogos em que desfalcou a equipe.

Agora é um "desconforto na coxa direita" sentido há duas semanas que o impede de entrar em campo hoje e no duelo decisivo da Libertadores, contra o Tigre, na terça.

"O Valdivia tem uma quantidade muito maior de fibras que têm fadiga mais rápida e poder de recuperação mais lento. Essa condição genética não é comum em atletas", explicou Rubens Sampaio, médico do Palmeiras.

A descoberta foi feita em abril de 2012, quando o clube fez uma biópsia -retirada de pedaço do músculo para estudo- no atleta depois que o camisa 10 machucou a coxa esquerda pela sexta vez.

"Fizemos um plano de treinamento diferente para ele e depois disso essa [última lesão] é a primeira em decorrência de fadiga muscular. As outras foram por pancada", completou Sampaio.

Só nesta temporada, Valdivia não atuou em oito dos 17 jogos do Palmeiras. Ficou de fora, por exemplo, da estreia do time na Libertadores -vitória por 2 a 1 sobre o Sporting Cristal-, por causa da coxa esquerda.

Mesmo com Valdivia presente nas duas derrotas no torneio sul-americano -para Libertad e Tigre-, a ausência dele representa mais danos do que ganhos para o time. Com o camisa 10, o aproveitamento é de 57,5%. Sem ele, o índice cai para 46,5%.

Fora dos gramados, o prejuízo é ainda maior para o clube, que, além do salário de R$ 400 mil, continua pagando parcelas com juros do empréstimo de R$ 14 milhões do Banco Banif para comprar 54% dos direitos econômicos do jogador do Al-Ain, dos Emirados Árabes.

E também para o conselheiro Osório Furlan Júnior, que investiu quase R$ 6 milhões para trazer Valdivia em 2010. "Da próxima vez que ele conseguir uma sequência de jogos, vou colocar meus 36% à venda", disse Furlan.

Mesmo com o alto custo e as ausências em jogos decisivos, o clube aposta em Valdivia para voltar à Série A em 2014. "O Palmeiras tem plena convicção de que o Valdivia vai recuperar totalmente seu bom futebol neste ano", disse o diretor-executivo do clube, José Carlos Brunoro.

"Infelizmente, as lesões teimam em prejudicar o meu desempenho, mas estou muito focado e tenho certeza de que irei me recuperar e farei uma grande temporada", disse Valdivia, que tem 10% do seu passe e contrato até 2015.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página