Folha de S.Paulo

Equipe será reconstruída para sua partida decisiva

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

Ney Franco terá de reconstruir o São Paulo pela segunda vez em um mês para um confronto da Libertadores.

O treinador vai buscar novos titulares e possivelmente um outro esquema tático para o jogo mais importante do ano, contra o Atlético-MG, no próximo dia 17, no Morumbi.

Afinal, já são três desfalques certos para o jogo que irá definir o futuro da equipe e também do comandante.

O meia Jadson e o atacante Luis Fabiano vão cumprir suspensão. O primeiro por soma de cartões amarelos, e o segundo como pena imposta pela Conmebol por ofensas ao árbitro Wilmer Roldán.

Ontem, o volante Maicon se juntou à lista. Exame realizado pela manhã mostrou que o jogador, único titular usado na vitória por 3 a 1 sobre o Botafogo, no fim de semana, sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda.

O São Paulo não informou por quanto tempo o volante ficará parado, mas adiantou que ele está fora do confronto entre os times brasileiros.

A tendência é que os desfalques façam Ney voltar a usar a formação com três atacantes (Douglas ou Wallyson, Aloísio e Osvaldo) do início do ano e deixe Ganso como único homem de armação.

A reconstrução da equipe passa também pela vontade do presidente Juvenal Juvêncio. Após a derrota para o Strongest, na semana passada, o mandatário indicou ser hora de mudanças no time.

Entre as peças que Juvenal gostaria de ver como titular estão Rodrigo Caio, improvisado na lateral direita no lugar de Paulo Miranda, e o volante Fabrício, que às vezes nem tem ficado no banco.

"As reflexões já estavam sendo feitas desde o início da temporada", disse Ney.

Por opção, o técnico já havia promovido uma revolução no time após a derrota para o Arsenal de Sarandí, em março, visando o confronto com o Strongest na Bolívia. Foi então que Ganso virou titular e que o zagueiro Lúcio, o lateral Cortez e o volante Wellington perderam espaço e foram para a reserva.