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Dois consórcios apresentam oferta por gestão do Maracanã
2013/2014
Sessão de licitação só ocorreu depois de queda de liminares
Após protestos na porta do Palácio Guanabara, sede do governo estadual, e guerra de liminares, o governo do Rio conseguiu iniciar ontem a disputa pela gestão privada do Maracanã. Dois consórcios apresentaram propostas.
A sessão de licitação só ocorreu após o Estado obter duas decisões autorizando seu início. A disputa foi questionada pelo Ministério Público e por empresa que explora camarotes do estádio.
O consórcio Maracanã S.A., formado por Odebrecht, IMX e a norte-americana AEG, e o consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio, integrado por OAS, a holandesa Stadion Amsterdam e a francesa Lagardère, entregaram suas propostas.
O Estado analisa se as duas estão habilitadas para a disputa. Não há prazo para conclusão da licitação.
Odebrecht e OAS lideram os consórcios e apostaram na associação com empresas estrangeiras. A AEG administra estádios e ginásios em 14 países. A Stadion Amsterdam gerencia arena na Holanda, casa do Ajax. A Lagardère atua no marketing esportivo.
O Estado obteve a suspensão de duas liminares que impediam a licitação. Uma foi sustada quase à meia-noite de anteontem, pela presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Leila Mariano.
O Ministério Público havia obtido liminar alegando prejuízo ao Estado e favorecimento à IMX, do empresário Eike Batista, cuja participação no consórcio é de 5%.
A segunda liminar foi para a empresa Golden Goal, que alegou que o edital não preserva seus contratos com o Estado para exploração dos camarotes até 2016.
Cerca de cem pessoas protestaram em frente ao Palácio Guanabara contra a licitação. Dentro, deputados tentavam impedir o início, alegando ser ilegal começar com pessoas barradas na porta.