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Polêmico, coronel comanda Lusa na busca pelo acesso

PAULISTA
Ex-PM apareceu em gravações, em 1999, insultando Mário Covas

ALESSANDO DA MATA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA LUIZ COSENZO DE SÃO PAULO

"Ninguém é otário de descumprir as ordens do coronel. Se fosse um soldado ou um cabo, tudo bem. Mas é um coronel", diz o meia Souza, ex-São Paulo, sobre Edson Pimenta Bueno Filho, técnico interino da Portuguesa.

Hoje, o ex-coronel, que assumiu o posto após a saída de Péricles Chamusca, pode consolidar o retorno lusitano à elite do futebol paulista com um empate contra o Capivariano, às 20h, fora de casa.

Diferentemente dos atletas que penduram as chuteiras e viram técnicos, Edson Pimenta, 61, teve outra trajetória.

Formado pela Escola de Educação Física da Polícia Militar, com curso técnico em Esportes pela USP, ele trabalhou no clube pela primeira vez em 1981, como preparador físico. Agora soma a décima passagem.

"Passei por clubes amadores. Um dia o senhor Luis Iaúca [ex-vice da Lusa] me viu em um treino da Associação Desportiva da Polícia Militar e me convidou para o novo trabalho", lembrou.

Na PM, Pimenta era considerado linha-dura. Em 2000, foi indiciado pela Corregedoria da PM após aparecer em vídeos insultando o então governador Mário Covas e incitando a violência.

Nas gravações, feitas em 1999 por presos e por policiais de São Paulo, Pimenta aparecia dizendo que lugar de "vagabundo é no caixão" e que Covas era um "boneco" que comandava o Estado. Ele também chamava o secretário da Segurança da época, Marco Vinicio Petreluzzi, de "idiota".

Em 1997, foi o primeiro oficial a depor na CPI que investigou o caso da favela Naval, episódio no qual policiais foram acusados de espancar moradores e matar uma pessoa em Diadema.

Comandante do 8º Batalhão da PM, ele foi o primeiro oficial a ver as imagens com as agressões.

Mais de uma década depois, já aposentado, ele faz o possível para se desvincular da polícia --evita, até mesmo, responder perguntas sobre o seu passado. No dia a dia, ainda usa "tropa" quando se refere ao plantel lusitano.

"O futebol tem muito do ambiente militar, como a organização, a disciplina", diz Pimenta, que continuará como interino até o fim da A2.


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