Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Palmeiras tenta driblar grama e histórico
LIBERTADORES
No piso sintético, time busca primeiro gol fora contra o 'invicto' Tijuana no jogo de ida das oitavas
O gramado sintético do estádio Caliente, duramente criticado por clubes brasileiros, é só um dos desafios que o Palmeiras terá hoje, às 22h30, contra o Tijuana, no México, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores.
Efeito ou não do piso artificial, que faz a bola correr e quicar mais, a equipe mexicana venceu todas as partidas em casa na fase de grupos sem levar um gol sequer, façanha que apenas o Corinthians também conseguiu.
E como o gol fora pesa muito na classificação na fase de mata-mata, o Palmeiras precisa calibrar a pontaria.
O time perdeu todas as partidas em campo adversário e não balançou a rede uma única vez, fato que, entre os 16 classificados, apenas o Emelec, do Equador, repetiu.
Além de cobrar a garra demonstrada nos jogos no Pacaembu (três vitórias), o técnico Gilson Kleina aposta no embalo do atacante Kléber, que desencantou após sete partidas ao marcar o gol de empate na eliminação no Paulista, no sábado, para o Santos, nos pênaltis.
"Ele participou de todos os treinos e fez um gol. Acredito que agora vai começar uma nova fase para ele", disse Kleina sobre o camisa 9, que desfalcou a equipe em nove jogos por causa de lesões no joelho e na coxa.
Como o artilheiro Leandro não pode jogar a Libertadores --já foi inscrito pelo Grêmio, seu ex-clube--, Kléber deve fazer dupla de ataque com Vinícius, que substituiu o lesionado Patrick Vieira nos jogos em São Paulo.
Outra mudança cogitada por Kleina é avançar Henrique para jogar como volante, a exemplo do que o ex-técnico alviverde Luiz Felipe Scolari fez em jogos da vitoriosa campanha da Copa do Brasil, no ano passado. Neste caso, André Luiz comporia a zaga com Maurício Ramos.
O time só seria definido após o treino de ontem, no estádio Caliente, que começaria às 23h (de Brasília) e só terminaria após a conclusão desta edição. O elenco chegou a Tijuana às 15h e tirou a tarde para descansar das 17 horas de viagem.
Embora tenha treinado duas vezes em campo sintético no Brasil, o reconhecimento do gramado é fundamental para Palmeiras, que enfrentará um time que tem no piso artificial sua grande arma na Libertadores, a ponto de ter acabado com a invencibilidade do Corinthians.
Tanto que no Campeonato Mexicano, no qual outros clubes utilizam o mesmo tipo de grama, o Tijuana está apenas na 11ª colocação.