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Governo do DF cancela compra milionária de capas de chuva

2014
Licitação estava em pacote para a Copa; chefe da PM perde o cargo

DE BRASÍLIA

O governo do Distrito Federal anunciou ontem que cancelou o gasto de R$ 5,3 milhões em capas de chuva previsto nos investimentos para a Copa do Mundo, que será realizada durante o período de estiagem na capital.

Em junho e julho do ano passado, foram só quatro dias de chuva no DF, com acumulado de 6,5 mm. Na cidade de São Paulo, foram 484 mm.

A licitação também levou à queda do comandante-geral da Polícia Militar do DF, responsável pela compra, coronel Suamy Santana. Ele será substituído pelo coronel Joziel de Melo Freire.

Em nota, o governador Agnelo Queiroz (PT) afirmou que a Polícia Militar "errou ao listar o produto entre aqueles adquiridos com vistas ao Mundial" e classificou a decisão como "ato desmedido".

Conforme revelado anteontem pela rádio CBN, a previsão era que os R$ 5,3 milhões fossem usados para adquirir 17 mil capas --ao preço médio de R$ 315 a unidade.

O valor é quase o triplo do gasto em licitação recente feita pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo, por exemplo.

Na mesma nota, o governo do DF disse que a questão do preço será alvo de acompanhamento da administração em uma futura licitação.

"A Secretaria de Transparência será acionada para aferir a formação dos preços e quantitativo estimados pela [futura] licitação", afirmou.

A PM do DF tem na ativa cerca de 15 mil policiais, menos do que a previsão de 17 mil capas a serem adquiridas.

No mesmo pacote de compras para a Copa, a corporação previa gastar um valor bem menor com coletes à prova de balas (R$ 1,87 milhão).

DEFESA

Antes dos anúncios de ontem, o governo chegou a defender a compra. Disse que, apesar de estar inserida na planilha de projetos para o Mundial, a aquisição não seria restrita ao uso durante a Copa do Mundo de 2014.

"Este é um equipamento de uso permanente do policial militar, para seu trabalho cotidiano e durante as operações voltadas a megaeventos", afirmara antes em nota.

Também anteontem, a PM havia argumentado em nota que havia "a real necessidade de se adquirirem equipamentos de sinalização de alta qualidade, com refletivos de alta performance, impermeabilidade e durabilidade".


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