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'Hoje vão ver quem é o Boca', canta torcida

SYLVIA COLOMBO DE BUENOS AIRES

Sem poder receber torcedores do Corinthians, a Bombonera se pintou de azul e amarelo na chuvosa noite de ontem em Buenos Aires.

Sem parar de cantar um minuto, a torcida do Boca não parou também de provocar e insultar os corintianos ("Hoje vão ver quem é o Boca, esses putos do Brasil").

Durante os primeiros 20 minutos, um raio laser vindo da torcida incomodou Cássio, Emerson e outros jogadores. Só parou quando o sistema de som do estádio anunciou que o jogo seria suspenso caso o assédio não cessasse.

"Com Riquelme ia ser difícil; sem ele, vai ser impossível", desesperava-se Ruben Núñez, torcedor do Boca, pouco antes de iniciar a partida. Sentado na tribuna, o camisa 10 argentino assistia apreensivo ao jogo.

Depois do gol, sorriu, fez comentários com quem estava a seu lado e voltou a olhar a partida, impassível. Sua participação foi dúvida até minutos antes do jogo, causando grande apreensão entre a torcida e a imprensa.

Também estavam na tribuna de honra o irmão e as duas filhas de Maradona.

O jogo contra o Corinthians foi esperado durante a semana, mas não tanto quanto o clássico do Boca contra o River, que acontece no domingo. "É bom que ninguém se machuque, domingo é que é importante", diz Claudia Sanchez, torcedora que veio de Zárate para ver a partida.

Depois do gol de Blandi, o clima do jogo mudou completamente. Mais confiante, a torcida se animou a gritar e saltar mais, fazendo balançar as estruturas do estádio.

"Em São Paulo a coisa vai ser brava, nunca é fácil jogar no Brasil. Mas vamos estar lá", disse Núñez.

Os jornalistas brasileiros ouviram muitas reclamações dos colegas argentinos. "Fomos muito maltratados em São Paulo na final da Libertadores", disse um radialista. "Tá bom o cafezinho? Viu como a gente trata os brasileiros bem? Vocês lá não são assim com a gente. Como vai ser na Copa do Mundo?"


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