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Corrida já teme ficar sem ídolo brasileiro

INDY

Prova paulistana tem contrato até 2019, mas idades dos principais pilotos, Castro Neves e Kanaan, já preocupam

ÉDER FANTONI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA EDUARDO OHATA TATIANA CUNHA DE SÃO PAULO

A longevidade dos dois principais pilotos brasileiros na Indy, Hélio Castro Neves, 37 (completa 38 no próximo dia 10), e Tony Kanaan, 38, preocupa a organização da etapa paulista. A terceira brasileira, Bia Figueiredo, 28, não corre a temporada toda.

O contrato entre Indy, Band, organizadora da prova paulistana, e Prefeitura de São Paulo se estende até 2019.

Três brasileiros participam atualmente de um programa de formação de pilotos chamado "Road to Indy" ("Estrada para a Indy"), mas estima- -se que seu desenvolvimento deve tomar entre três e cinco anos se tudo for bem.

Existe o risco de, em algum momento até 2019, não haver um piloto brasileiro competitivo na pista em alguma edição da São Paulo Indy 300.

"É preocupação porque o público brasileiro gosta de ver [brasileiros] campeões", explica Caio de Carvalho, da Enter, braço de eventos do Grupo Bandeirantes.

"Mas já se estudam formas de fazer surgir novos pilotos. Esse problema, aliás, não é só da Indy, acontece na F-1."

O ex-piloto e hoje membro da comissão da Indy na Enter, Felipe Giaffone, também vê o perigo de um "buraco".

"Estamos falando de seis anos. Acho possível que aconteça [um buraco]. É difícil que eles [Hélio e Kanaan], mesmo sendo quem são, cheguem a 2019 como hoje", afirma Giaffone, referindo-se, respectivamente, ao atual líder da temporada da Indy e ao baiano que já cumpriu 199 provas consecutivas.

"Essa questão tem que ser trabalhada em conjunto pela CBA [Confederação Brasileira de Automobilismo] e a promotora do evento [Band]", argumenta Giaffone. Segundo ele, por causa da variedade de competições no Brasil, muitos pilotos veem como opção fazer carreira no país do que se aventurar no exterior.

Executivos da Indy, como o seu vice-presidente, Greg Gruning, reconhecem que São Paulo é, não só pelo circuito, mas pelo aspecto comercial, etapa relevante.

E concordam que a ausência de ídolos nacionais gerará efeitos negativos à prova.

Os jovens qualificados recebem uma bolsa de estudos e correm em três competições com estágios progressivos de dificuldade: a USF2000, a Pro Mazda e a Indy Lights.

Os três pilotos brasileiros que participam da USF2000 são o goiano Danilo Estrela, o gaúcho Felipe Donato e o paulista Arthur Oliveira.


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