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Paulo Vinícius Coelho

O dia Dunga

Goste-se ou não dele, será bom se o ex-comandante da seleção brasileira se firmar como técnico

Se o Inter vencer o Juventude hoje, em Caxias do Sul, Dunga conquistará o terceiro título de sua curta carreira de técnico. Há exatamente 1.407 dias, um gol de Lúcio garantiu a conquista da Copa das Confederações para a seleção. De 2009 para cá, a barba cuidadosamente descuidada, estilo Jürgen Klopp, não é sua única mudança aparente.

Em vários momentos, Dunga parece um pouco menos zangado, um pouco mais dengoso. Mas o sangue lhe subiu à cabeça duas vezes. A rispidez com o assessor de imprensa José Evaristo Villallobos provocou mágoa profunda e o pedido de afastamento do funcionário do Inter, ao menos das tarefas com o time de futebol. Nobrinho, como é conhecido, sentiu-se ofendido.

Da segunda vez, em março, foi expulso pelo árbitro Francisco de Paula Neto na vitória sobre o Esportivo. Discutiu asperamente com o juiz. Após ser mandado para o vestiário, abaixou-se e gritou ao microfone da transmissão que uma reunião dos árbitros propunha prejudicá-lo --o verbo usado foi mais chulo...

Isso à parte, seu Inter joga bem, quase sempre.

Marca forte, por pressão.

Dunga recuperou Forlán e tem em D'Alessandro um aliado. Técnicos do Inter já saíram do Beira-Rio reclamando de terem sido derrubados pelo meia argentino. Esperto, Dunga se aproximou de D'Alessandro. O argentino gosta de seu estilo, o treinador tem no meia seu líder.

Goste-se ou não de Dunga, será bom se ele se firmar como técnico. Impossível dizer que não sabe o que se passa no mundo, que está desatualizado. Não está. Por outro lado, é difícil medir seus números no Inter. São 14 vitórias, quatro empates, duas derrotas, só uma com o time titular. Como os Gre-Nais foram disputados pelo Grêmio reserva, é necessário dizer que Dunga não enfrentou nenhuma equipe da Série A.

Seu desafio é ganhar o Brasileirão e acabar com a seca de 34 anos do Inter. O título gaúcho é provável, hoje. Dunga terá de fazer com que a taça não represente, na segunda etapa de sua carreira de técnico, o mesmo que representaram a Copa América e a Copa das Confederações em sua fase na seleção. Há 1.407 dias, Dunga tinha dois troféus e um desafio: ganhar a Copa do Mundo. Ficou devendo.

RESSACA

Por menor que seja a importância dos Estaduais, só há uma forma de curar a ressaca da eliminação num clássico, como o de hoje, entre Corinthians e São Paulo. Vencer um jogo antes, outro depois. Parece comercial de antiácido, mas são-paulinos e corintianos sabem que não poderiam chegar à semifinal após reunirem os piores resultados brasileiros nas oitavas da Libertadores.

Sabem também que a eliminação no clássico só será curada com resultados expressivos contra Boca Juniors e Atlético-MG. Nos dois casos, não vai ser fácil.


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