Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Aprendiz com maestria

Suíça supera Barrichello, de quem herdou a vaga, e ouve conselhos de Kanaan

EDUARDO OHATA TATIANA CUNHA DE SÃO PAULO

Caminhando pelo traçado do Anhembi de camiseta e calça jeans, sorriso fácil e jeito de menina, Simona de Silvestro pode parecer inofensiva. Única mulher no grid da Indy com contrato para toda a temporada, a suíça tem mostrado aos poucos que, quando está no carro, é mais competitiva do que aparenta.

Contratada para a vaga de Rubens Barrichello na KV Racing, Simona já tem um desempenho melhor que o do antecessor a esta mesma altura do campeonato: marcou 62 pontos em três corridas contra 59 do ex-piloto de F-1.

Em classificações, seu desempenho também foi superior. Na corrida que abriu esta temporada, inclusive, largou na terceira colocação.

"Rubens é uma lenda! Estar no lugar dele é superespecial para mim", disse a piloto de 24 anos. "Mas não tento me comparar a ele. Quando estou correndo, fico focada naquilo que tenho que fazer e nos resultados. Mas adoraria que ele ainda estivesse na equipe, porque ele é uma pessoa muito especial."

Mas não é só Barrichello que a suíça deixou para trás. Até agora, Simona está à frente de seu companheiro de equipe, o também brasileiro Tony Kanaan, no campeonato. É a nona colocada, com 62 pontos, enquanto o parceiro é o 12º, com 59. Hoje, em São Paulo, às 12h, busca um bom resultado na etapa brasileira da categoria para permanecer à frente de Kanaan.

Ela larga na oitava posição do grid da prova paulistana.

"As coisas estão dando certo para mim neste ano, e acho que temos condições de chegar ao pódio a qualquer momento e, quem sabe, lutar por vitórias. Eu e o Tony nos damos superbem, ele é como um irmão mais velho para mim", contou a piloto, que sempre recorreu aos conselhos de Kanaan, antes até de dividirem a garagem da KV.

Nascida em Thun, próxima a Berna, Simona sempre foi apaixonada por automobilismo desde pequena. "Meu pai conta que eu só ficava quieta quando tinha F-1 na TV."

Filha única, aos seis anos ganhou seu primeiro kart e, apesar de praticar vários esportes, como esgrima e esqui, o automobilismo sempre foi seu favorito. Após dez anos competindo de kart, passou para a F-Renault italiana em 2005. No ano seguinte, foi para os EUA disputar a F-BMW.

Terminou o campeonato em quarto lugar, com cinco pódios. Em 2007, transferiu- -se para a F-Atlantic, onde esteve por três temporadas, a melhor delas em 2009, quando ficou bem perto do título. Em 2010, estreou na Indy.

"Tendo crescido na Europa, meu sonho sempre foi chegar à F-1. Mas conseguir dinheiro numa determinada época não estava fácil e tinha um patrocinador que me chamou para correr nos EUA", afirmou a suíça, que também é fã de Michael Schumacher.

"Acho que foi a escolha certa, porque desde então minha carreira cresceu muito. Mas é claro que a F-1 é um sonho e ninguém sabe o que o futuro nos reserva", afirma.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página