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ONU pede ação política contra armações

Máfia do apito

Proposta para tentar conter armação de resultados está na pauta de encontro entre ministros

EDUARDO OHATA DE SÃO PAULO

Está na pauta de uma reunião organizada pela Unesco, braço cultural da Organização das Nações Unidas, a criação de uma força-tarefa com participação dos governos de seus países-membros para combater as armações de resultados nos esportes.

A proposta integra a pauta de encontro entre ministros de Esporte, a partir do próximo dia 28, em Berlim (ALE), à qual a Folha teve acesso.

Foi em encontro semelhante a esse que foram iniciadas as discussões que culminaram na criação da Wada, a Agência Mundial Antidoping.

Os principais pontos da proposta são a instituição de uma política uniforme entre os países, tratados de cooperação entre autoridades policiais e troca de informação sobre questão das apostas.

Não é pedido o banimento das casas de apostas, mas o monitoramento para detectar desvios de padrões, o que pode indicar armação.

Para isso, o ideal, segundo o documento, é que cada país conte com uma agência que dê atenção exclusiva ao tema.

O próprio Ministério do Esporte brasileiro prepara relatório no qual defende-se criação de agência regulatória.

Trata-se de consequência da internacionalização das apostas. Sites asiáticos oferecem operações com campeonatos de outros continentes.

Em fevereiro, a Europol, órgão de polícia intergovernamental da União Europeia, desbaratou esquema de manipulação que pode ter afetado até 680 jogos. Em dezenas dos casos, as operações foram feitas de Cingapura.

A Europol indicou que até jogo entre as seleções sub-20 de Argentina e Bolívia teria sido manipulado em 2010.

Outro ponto discutido na reunião da Unesco é que países que ainda não o fizeram criem penas para punir quem interferir em resultados de jogos, como o árbitro brasileiro Edilson Pereira de Carvalho, no episódio da "Máfia do Apito", que ocorreu em 2005.

Nos bastidores, é sugerida inclusive a possibilidade de "delações premiadas".

A lavagem de dinheiro, a proliferação da corrupção e a preservação da integridade do esporte também serão discutidos pelos ministros.

Um estudo realizado pela União Europeia apontou que o valor a ser movimentado por apostas on-line em 2015 dobrará em relação a 2008, que foi de R$ 17,5 bilhões.

Além das apostas, outro abordado será o doping.


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