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Análise

Atleta foi equação perfeita para clubes ampliarem mercados

ARMENIO NETO ESPECIAL PARA A FOLHA

Há 28 anos, os times ingleses foram suspensos de competições internacionais. Uma briga entre hooligans do Liverpool e torcedores da Juventus resultou em 38 mortes e obrigou os ingleses a reinventarem a forma como a bola e o torcedor eram tratados.

Mexeram nas leis, nos estádios, na cultura e perceberam que o mercado não era a sua ilha, mas o planeta.

Direitos de transmissão vendidos para diversos países, amistosos, pré-temporadas em mercados estratégicos e internet fizeram o Manchester United deixar de ser "o 2º time de Manchester" para tornar-se uma marca global.

É claro que o melhor trampolim para um time/marca de futebol sempre será a conquista em campo. E O United fez isso (ganhou tudo na temporada 1998-1999, por exemplo), mas teve um "algo mais": David Beckham.

Ótimo jogador, cabelos caprichosamente cortados e carisma natural formavam a equação perfeita: time vencedor + ídolo + exposição de mídia. Beckham ofereceu mais.

Gerou paixão, fãs e um mercado para o seu time crescer. Quando o Real Madrid montou seu time galáctico, "Becks" era estrela num time que tinha jogadores melhores, como Figo, Zidane e Ronaldo.

Quando LA Galaxy e PSG quiseram se mostrar fortes, contrataram Beckham, mesmo no final da carreira.

Ele não deixa um espaço vazio no futebol como Pelé, mas deixa uma lição para atletas e gestores esportivos.

É um importante modelo para clube e, sobretudo, para os jogadores, cada vez mais visados por marcas e agências de propaganda.

Para isso, eles não precisam ser Beckham. Mas precisam ser mais que um atleta.


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