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Ligação com o Corinthians faz FPF tirar juiz da final

PAULISTA Empresa de Rodrigo Braghetto tem contrato com o clube há dois anos

DE SÃO PAULO

O árbitro Rodrigo Braghetto, que estava escalado para apitar a final do Paulista entre Corinthians e Santos, amanhã, foi cortado ontem da partida por ser sócio de uma empresa que presta serviços ao clube do Parque São Jorge.

A FPF (Federação Paulista de Futebol) decidiu afastá-lo após repercussão de notícia veiculada no "Blog do Paulinho", de Paulo César de Andrade Prado, que relembrou a ligação entre a empresa do juiz e o Corinthians.

No ano passado, veículos de comunicação haviam revelado que a firma de Braghetto prestava consultoria a clubes.

A Apto Esportes trabalha para o Corinthians há dois. Atualmente, presta serviço

de arbitragem em torneios amadores do clube e consultorias ao departamento de futebol profissional.

A mesma empresa já prestou serviços semelhantes a outros clubes, como Portuguesa e São Paulo.

Um novo sorteio foi realizado ontem, 48 horas antes da final, e o escolhido foi Guilherme Ceretta de Lima.

O chefe da comissão de arbitragem da FPF, Marcos Marinho, não se preocupou em esconder o motivo do afastamento de Braghetto.

"Foi por causa da repercussão, da mídia", disse ontem. "Não temos nenhuma desconfiança dele, mas fizemos isso para preservar a federação e também o árbitro."

Assim que soube que seria afastado, Braghetto decidiu encerrar a carreira. "A federação sabia e nunca viu problema nisso", declarou.

Marinho disse que a federação sabia da existência da empresa, mas não que ela prestava serviços a clubes.

"São eles que têm a obrigação de informar", disse o chefe da arbitragem paulista. O dirigente admite que não há controle sobre as atividades extracampo dos árbitros. "Eles são bem grandinhos."

O regulamento da arbitragem paulista recomenda que os árbitros não se relacionem com clubes, mas não estabelece nenhuma punição.

Marinho disse que "pode ser" iniciada uma investigação para buscar outros casos.

No Brasil, os árbitros não são profissionais -todos fazem outros trabalhos.

Do futebol, recebem uma taxa por jogo, que no caso da FPF é de R$ 2.700 brutos (cerca de R$ 2.000 líquidos) para um árbitro de primeiro nível.

Segundo juízes ouvidos pela Folha, o valor é considerado bom pela categoria, mas o fato de haver sorteio para a escolha de árbitros é visto como problema, pois eles podem ficar várias rodadas seguidas sem trabalhar.


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