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Recopa deixa sequência de Ney a perigo

FUTEBOL
Técnico do São Paulo pode ser demitido antes mesmo do clássico contra o Santos, neste domingo

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

A derrota em casa por 2 a 1 para o Corinthians, anteontem, no jogo de ida da Recopa Sul-Americana, deixou o técnico do São Paulo, Ney Franco, à beira da demissão.

O treinador dificilmente estará sentado no banco de reservas tricolor na segunda partida da decisão continental, dia 17, no Pacaembu.

E pode nem mesmo comandar a equipe do Morumbi no clássico deste domingo, perante o Santos, na volta do Brasileiro após as férias para a Copa das Confederações.

O futuro do comandante são-paulino foi discutido ontem pela diretoria. As conversas serão retomadas hoje.

Uma das possibilidades é manter Ney até o fim de semana e demiti-lo na segunda, independentemente do resultado. Outra é enfrentar o Santos dirigido pelo coordenador técnico Milton Cruz.

Além da sequência de resultados negativos pesa contra o treinador o clima ruim instaurado por ele depois da derrota para os corintianos.

Ao comentar o quinto clássico sem vitória no ano, o técnico se eximiu de ser o maior responsável por mais um fracasso e afirmou que os jogadores não estão bem.

"É muito fácil colocar a culpa no plano tático. Hoje, erramos muito tecnicamente. Eu, como treinador, não posso ir lá [no campo] dar um passe", atacou o são-paulino.

A declaração não ficou sem resposta. O atacante Aloísio, que saiu do banco para marcar o gol tricolor, não tentou esconder o descontentamento com as palavras de Ney.

"Não vi, mas está todo mundo falando. Cheguei, e o Juca [assessor de imprensa] já veio me falar. Outras pessoas também falaram. Você quer que eu diga o quê? Acho que jogadores como os do São Paulo não são ruins tecnicamente e nem taticamente."

O jogador disse que a "responsabilidade é de todo mundo" e que "se o barco afundar, vamos afundar juntos."

O clima ruim entre Ney e os jogadores não é inédito. O goleiro Rogério e o zagueiro Lúcio já se desentenderam publicamente com o técnico.

Mas, agora, a situação é diferente. Não se limita a um ou outro atleta. Há um grande clima de insatisfação.

Desde a derrota em casa por 1 a 0 para o Goiás, há um mês, a torcida pede a troca de Ney por Muricy Ramalho, tricampeão brasileiro à frente do clube entre 2006 e 2008.

O movimento que nasceu nas arquibancadas chegou à diretoria. O presidente Juvenal Juvêncio sofre forte pressão para efetuar a troca.

Ney está no São Paulo há um ano. Conquistou a Sul-Americana de 2012, fez bom papel no Campeonato Brasileiro, quando terminou em quarto, mas naufragou no Paulista e na Libertadores.


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