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Pela primeira vez, presidente da CBF admite mudar o calendário de 2014

FUTEBOL
Representantes do grupo Bom Senso se reuniram ontem com dirigentes da entidade

SÉRGIO RANGEL LUCAS VETTORAZZO DO RIO

Duas semanas depois de lançado, o movimento Bom Senso F.C. saiu de reunião ontem com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com uma boa notícia.

Conforme a Folha apurou, o presidente da entidade, José Maria Marin, admitiu, pela primeira vez, fazer mudanças no calendário de 2014.

Na reunião com representantes do grupo, que conta com o apoio de cerca de 800 jogadores das Séries A e B do futebol brasileiro, o dirigente disse que está trabalhando para alterar o período previsto para a pré-temporada.

O Bom Senso foi criado por alguns dos principais atletas de futebol do país no mês passado para discutir com os cartolas a programação dos próximos calendários.

No encontro de cerca de duas horas, Marin contou aos jogadores que negocia com os clubes e as emissoras de TV o adiamento do início dos Estaduais para 19 de janeiro.

Pela programação original da CBF, os times iniciariam a temporada apenas quatro dias após voltarem ao trabalho, no dia 8 de janeiro.

Se o presidente, de fato, recuar, os jogadores terão dez dias de pré-temporada depois de um mês de férias.

O gesto de Marin é uma tentativa de esvaziar seus opositores na eleição da CBF, que acontecerá em abril. Na semana passada, os presidentes das federações "rebeldes" já haviam anunciado que desobedeceriam a CBF sobre o início da próxima temporada.

Na reunião, Juninho Pernambucano, do Vasco, e Seedorf, do Botafogo, foram os que mais reclamaram com os cartolas do atual modelo. Seedorf disse que o futebol brasileiro precisa melhorar a qualidade para que possa ser vendido ao exterior.

Já Juninho criticou o breve intervalo entre as partidas e afirmou que a fraca atuação de vascaínos e flamenguistas anteontem é um reflexo do atribulado calendário atual.

No encontro, os atletas apresentaram os cinco pontos de suas reivindicações aos dirigentes da CBF. Para começar, 30 dias de férias ininterruptas para os jogadores por ano, um período de pré-temporada maior e um número máximo de sete partidas a cada período de 30 dias.

Os atletas também pediram a adoção de um sistema de "fair play financeiro", com os clubes comprovando capacidade de pagamento dos salários, e que comissões de atletas, treinadores e executivos dos clubes façam parte do conselho técnico das competições e entidades.

"Em duas semanas, seremos chamados aqui [CBF] para conversar sobre os pontos e começar a definir objetivos e metas já para o ano que vem", afirmou o zagueiro Paulo André, do Corinthians.

O goleiro Dida, do Grêmio, e o zagueiro Cris, também do Vasco, participaram do encontro na sede da CBF.

Do lado da CBF, Marin, Marco Polo Del Nero, um dos vices da entidade, e Carlos Eugênio Lopes, diretor jurídico, receberam o grupo.

"Nós deixamos a bola nos pés da CBF", disse Paulo André, que descartou a possibilidade de uma greve.


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