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Paulo Vinícius Coelho

Minas de ouro

Nunca como neste ano de 2013 o Brasil olhou tanto para o clássico mineiro quanto hoje

O dia 24 de outubro de 1965 é histórico porque recebeu o primeiro Cruzeiro x Atlético do Mineirão. Havia só 47 mil torcedores, e o Cruzeiro venceu por 1 x 0, com gol de Tostão.

O craque e vizinho de página lamentou a expulsão de nove jogadores do Galo, depois do pênalti cometido pelo atleticano Décio Teixeira em Wílson Almeida. Segundo o Almanaque do Cruzeiro, Tostão disse na época que a expulsão evitou uma goleada celeste.

Mais parecido com o clássico de hoje foi o de 5 de março de 1967, o primeiro disputado por Cruzeiro e Atlético por um Campeonato Nacional. O Torneio Roberto Gomes Pedrosa recebeu em Minas o apelido de Campeonato dos Estádios, pela grandeza dos palcos. O Mineirão colocou as Gerais no mapa, na primeira vez em que a competição recebeu paranaenses, gaúchos e mineiros, além de cariocas e paulistas.

Na estreia do clássico no campeonato nacional da época, goleada do Cruzeiro por 4 x 0.

O novo Mineirão não é do Atlético, mas de certa maneira reposicionou o futebol mineiro. Nem naquele 1967, Minas brilhou tanto. Nem em 1971, quando o Atlético foi campeão brasileiro ou em 1976, quando o Cruzeiro ganhou a Libertadores ou em 1997, quando foi bi. Quando o Cruzeiro brilhava, o Atlético nem tanto. E vice-versa.

Nunca como neste ano de 2013 o Brasil olhou tanto para o clássico mineiro quanto hoje. Uma vitória atleticana pode equilibrar um pouco o Brasileirão, se o Grêmio vencer o Fluminense --mais ainda se não perdesse do Criciúma, na quarta-feira.

Há também o sabor de o Atlético ver o rival campeão, mas colocar água em seu chope e vencer o clássico, como não conseguiu desde a reinauguração. Quem foi melhor, o Galo campeão da Libertadores ou o Cruzeiro virtual vencedor do Brasileirão, é questão quase resolvida. De quatro clássicos este ano, os celestes venceram três.

Inquestionável mesmo é o fato de Minas terminar com a incômoda hegemonia Rio-SP que, em Brasileirões, dura desde 2003. E de obrigar quem gosta de futebol a olhar um pouco mais para o Independência do que para o Maracanã ou para o Morumbi hoje à tarde.

AMOR AO PRÓXIMO

Faz quase dez anos que dois gols do atacante Grafite deram a vitória ao São Paulo por 2 x 1 sobre o Juventus. Se o time da Mooca vencesse, o Corinthians que perdeu da Portuguesa Santista terminaria o Paulistão-2004 rebaixado. Três anos depois, o São Paulo era líder do Brasileiro com 12 pontos de vantagem sobre o segundo colocado e perdeu de 1 x 0 do Corinthians, na zona de rebaixamento --gol de Betão. Podia ter ajudado, mas o Corinthians caiu mesmo assim. Hoje o São Paulo até precisa do auxílio que o Corinthians não pode oferecer --ou estará ele próprio a perigo. Melhor cada um cuidar de si.


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