Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Balança, mas não cai

Após reunião de três horas, sob tensão, cúpula do Corinthians decide pela permanência do técnico Tite até o fim do ano

DIEGO IWATA LIMA DE SÃO PAULO

"Tite permanece conosco", anunciou o diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade, ontem à noite. Após mais de três horas de reunião, a cúpula do clube decidiu que o treinador fica no cargo.

As horas que antecederam esse encontro no centro de treinamento corintiano estão entre os momentos mais tensos da longa relação entre Tite e a equipe alvinegra.

O técnico comanda o time desde novembro de 2010, em sua segunda passagem pelo Corinthians --a primeira aconteceu entre 2003 e 2004.

O clima piorou anteontem. Após a derrota por 1 a 0 para o Grêmio, Tite compareceu nervoso para a entrevista coletiva. Ele se irritou, por exemplo, quando indagado sobre as entradas dos volantes Ibson e Jocinei quando a equipe já perdia o jogo.

No desembarque em Cumbica, às 15h15 de ontem, mais tensão. Cerca de 50 torcedores aguardavam a chegada da delegação. "Põe esses jogadores para correr", ouviu um calado treinador. "Não façam perguntas, me respeitem", pediu ele, aos jornalistas.

De Cumbica, o ônibus da delegação foi para o CT.

Tite entrou na sala de reunião às 16h30. Com ele, estavam Mário Gobbi, os diretores Roberto de Andrade e Duílio Monteiro e o gerente Edu Gaspar. Os jogadores Paulo André, Alessandro e Fábio Santos completaram a mesa.

Até a confirmação de sua situação, a incerteza prevaleceu. Um jornal do Rio e outro de São Paulo chegaram a publicar, na internet, que o técnico havia sido demitido.

Tite não está certo de que é capaz de tirar o Corinthians da apatia. O time só ganhou um dentre os seus últimos 13 jogos no Brasileiro, e já não faz um gol há quatro rodadas.

Mas Mário Gobbi quer a permanência de Tite pelo menos até o final do contrato, em dezembro. Além do apreço pelo técnico, o desejo de Gobbi tem fundo político.

Segundo a Folha apurou, o ex-presidente Andrés Sanchez, líder do grupo do qual ambos fazem parte, defende há meses a saída de Tite. Gobbi e Sanchez têm entrado em atrito nos últimos meses. Sanchez até criticou o time no Twitter anteontem.

Roberto de Andrade assegurou que, a depender do clube, Tite cumpre o contrato.

"Eu falo pelo Corinthians. Se ele [Tite] se demitir, é uma outra história", disse.

Por enquanto, há consenso. Mas, amanhã, tudo pode mudar em caso de revés contra o Criciúma. E, principalmente na próxima quarta-feira, se o Corinthians for eliminado da Copa do Brasil pelo Grêmio, em Porto Alegre.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página