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Impasse com construtora pode custar R$ 300 milhões

PALMEIRAS
Estudo da diretoria prevê lucro menor caso as cadeiras do estádio sejam comercializadas com quer a WTorre

BERNARDO ITRI DO PAINEL FC PAULO VINÍCIUS COELHO COLUNISTA DA FOLHA

O impasse entre Palmeiras e WTorre para definir o número de cadeiras que cada parte terá direito de comercializar no novo estádio pode fazer com que o clube deixe de lucrar pelo menos R$ 300 milhões nos 30 anos de parceria com a construtora.

Ontem à noite, a diretoria alviverde apresentaria estudo ao Conselho Deliberativo com possíveis receitas de locação de cadeiras e bilheteria em jogos na arena --que deve ficar pronta no primeiro semestre do próximo ano.

Foram expostos dois cenários: o defendido pelo Palmeiras e o que a WTorre entende ser o correto ""o contrato de reforma não indica como será a divisão da exploração das cadeiras da arena, como a Folha revelou em setembro.

A metodologia usada no estudo prevê ocupação de 50% do estádio e preço médio do ingresso de R$ 40.

No primeiro cenário, o da visão do clube, a WTorre teria direito de explorar 10 mil dos 45 mil assentos. Assim, o clube arrecadaria, segundo a apresentação, R$ 1,5 bilhão nos 30 anos de parceria com a construtora. E a WTorre, responsável pela reforma da arena, lucraria R$ 1 bilhão.

Na segunda situação, defendida pela WTorre, a construtora exploraria todas as cadeiras, enquanto o clube só ficaria com as receitas de bilheteria. Assim, o Palmeiras ganharia R$ 1,2 bilhão, e a WTorre, R$ 1,3 bilhão.

Ou seja, se perder a queda de braço com a construtora, o Palmeiras deixará de ganhar R$ 300 milhões com as receitas de seu estádio ""R$ 10 milhões por ano, valor que, segundo o estudo, se tornará receita da WTorre.

MAIS DINHEIRO

O estudo prevê um prejuízo ainda maior para o clube caso a ocupação do novo estádio seja sempre a máxima: o Palmeiras pode deixar de lucrar até R$ 750 milhões.

As contas não englobam outras receitas, como a comercialização do nome do estádio e o lucro com shows, estacionamento etc.

No caso do nome, por exemplo, a WTorre vendeu esse direito à Allianz por R$ 300 milhões, mas o Palmeiras receberá apenas R$ 60 milhões --o contrato entre construtora e clube prevê o repasse de 20% desse valor.

À Folha, a assessoria de imprensa da WTorre afirmou que não teve acesso ao estudo, mas disse que a análise parte de premissas incorretas. E reafirmou que, pelo contrato, tem direito de comercializar 100% das cadeiras, do que o clube discorda.

A WTorre também informou que, na semana passada, apresentou estudo ao presidente palmeirense, Paulo Nobre, no qual assegura ao clube uma arrecadação de R$ 1,4 bilhão nos 30 anos de parceria. A construtora disse ainda que esse montante será obtido pela inserção do programa de sócio-torcedor do clube na venda das cadeiras.


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