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Guarani pode leiloar estádio para pagar dívida com atleta

SÉRIE C
Gustavo Nery é principal credor de ação que envolve Brinco de Ouro

DIEGO IWATA LIMA DE SÃO PAULO

Cerca de R$ 5 milhões em dívidas podem custar ao Guarani o seu estádio. O clube de Campinas não conseguiu reverter, até o momento, a decisão judicial que pretende levar a leilão o estádio Brinco de Ouro da Princesa, avaliado em mais de R$ 210 milhões, no próximo dia 30.

O principal credor da ação que pode tirar do clube o palco da conquista do Campeonato Brasileiro de 1978 é o lateral-esquerdo Gustavo Nery, atualmente sem clube.

"A 1ª Vara do Trabalho de Campinas unificou algumas ações. Mas a maior parte é mesmo referente ao Nery", afirma Gustavo Tavares, vice-presidente financeiro e diretor do departamento jurídico do clube.

A dívida com Nery refere-se aos 15% do valor da transação que o levou para o São Paulo, em 2000, conforme garantia a legislação da época. Inicialmente, o jogador cobrava R$ 900 mil ao clube, mas o valor foi ganhando correção. Nery fez só três partida com a camisa bugrina.

"Eu sinto muito que o clube esteja nessa situação, mas esse dinheiro pertence a mim e aos meus filhos", disse.

"É uma dívida de quase 13 anos. Nesse período, eu aceitei vários acordos propostos por eles, mas o clube nunca cumpria o prometido", contou o lateral.

Gustavo Tavares diz que o clube ainda não desistiu de tentar reverter o leilão ou, pelo menos, colocar outro bem no lugar do Brinco de Ouro para ser leiloado.

"O ginásio poliesportivo do clube vale R$ 30 milhões. Esperamos que a Justiça aceite a troca", diz Tavares.

No passado, a tentativa de substituir o Brinco de Ouro por outro bem não funcionou.

A Justiça até aceitou a troca do estádio por um terreno que o clube possui às margens da Rodovia dos Bandeirantes, em janeiro. "Infelizmente, não houve lances", relata Tavares.

Ele não tem vergonha de revelar sentir medo de perder o estádio. "Ele é parte importante de nosso processo de reestruturação", diz o advogado, que atua na administração do Guarani desde outubro de 2012, quando o ex-presidente Marcelo Mingone renunciou.

Já Gustavo Nery não acredita que a torcida do Guarani possa se voltar contra ele, caso o clube perca o estádio.

"Contra mim? Pô, mas faz décadas que o clube é mal administrado", afirma.


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