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Vaivém na execução de obras trava avanço

2016
Trabalhos no Complexo de Deodoro terão financiamento federal, mas serão feitos pela prefeitura carioca

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

Daqui a exatos mil dias, em 5 de agosto de 2016, uma cerimônia no estádio do Maracanã marcará a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio.

Hoje, porém, a realidade é menos festiva. Embora o cronograma de entrega de obras esteja em dia e algumas instalações já estejam praticamente finalizadas, como o parque aquático Maria Lenk, os organizadores têm encarado contratempos em 2013.

Entre o principais, está o vaivém nas atribuições dos três níveis de governo (federal, estadual e municipal).

A grande preocupação, contudo, paira sobre as finanças. Quatro anos após a escolha da cidade como sede, ainda não foram apresentados valores na matriz de responsabilidades (documento que elenca o orçamento geral, as obras e os prazos).

A única previsão existente é do dossiê de candidatura, segundo o qual os Jogos custariam cerca de R$ 28 bilhões --valor que sofrerá variação.

Como comparação, Londres-2012 apresentou na candidatura orçamento em torno de R$ 10 bilhões. Revisaram-no para R$ 37 bilhões em 2007, dois anos antes de faltarem mil dias para o evento.

Em parte, a demora na liberação do orçamento está ligada à recente troca na presidência da APO (Autoridade Pública Olímpica).

Criado de início para coordenar ações federais, estaduais e municipais na preparação para os Jogos, o órgão perdeu força, e seu presidente, Márcio Fortes, o deixou em agosto. Seu substituto, o general Fernando Azevedo e Silva, declarou ontem que o balanço será divulgado até o início de 2014 (leia abaixo).

Outro fato que afetou a preparação foi a transferência de atribuições. O Complexo de Deodoro, que terá 11 esportes, constava na candidatura como responsabilidade da União. Depois, passou para a tutela do Estado do Rio e, em agosto, para a prefeitura.

Ainda assim, o governo federal pagará toda a obra.

Situação parecida ocorreu com o Parque Olímpico. Em 2011, a execução das obras passou para a cidade, mas o financiamento de instalações de quatro esportes continuou com o governo federal.

A EOM (Empresa Olímpica Municipal), que havia sido criada pela prefeitura carioca como órgão coordenador, assumiu todos os serviços.

"Para assumir Deodoro, montamos um time novo. Minha ideia era ter uma empresa pequena, e hoje tenho mais de cem pessoas", disse à Folha Maria Silvia Bastos Marques, presidente da EOM.

Outro aspecto preocupante envolve o Ladetec, único laboratório brasileiro habilitado pela Agência Mundial Antidoping. Ele perdeu a certificação em agosto, devido a repetidos erros em testes, e poderá reavê-la só em 2015.

O Ministério do Esporte disse não ter plano B caso o Ladetec fracasse novamente.

Um novo prédio para abrigá-lo está sendo construído pela pasta e novos técnicos serão contratados.

O Comitê Olímpico Internacional exige que a sede hospede o centro de análise --já não será usado na Copa-2014, como era previsto.


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