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Busca de novo eldorado leva Brasil aos EUA
SELEÇÃO
Com futebol na moda, país vira destino preferido dos amistosos da equipe da CBF
O futebol não é o esporte mais popular dos EUA. Mesmo assim, o país se transformou no principal destino da seleção brasileira na preparação para a Copa do Mundo.
Desde segunda concentrados em Miami, os jogadores farão no sábado a sétima partida em território norte-americano desde o fim da Copa de 2010, na África do Sul.
Desta vez, a seleção enfrentará Honduras. O rival já está classificado para 2014 e empurrou os mexicanos para a disputa da repescagem.
A série de amistosos nos EUA revela o crescente interesse do país pelo esporte. As seis partidas tiveram a excelente média de público de 68.714 torcedores por jogo.
No sábado, os organizadores acreditam que mais de 70 mil pessoas estarão no estádio. O setor mais barato (US$ 35, ou R$ 80) foi totalmente vendido em 17 minutos.
"O futebol já está consolidado nos EUA. A estrutura é totalmente diferente de quando trabalhei por aqui. O desafio agora é chegar perto dos grandes esportes do país, como o futebol americano, o basquete e o hóquei", afirmou o coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, que comandou o extinto Metrostar em 1997.
A MLS, principal liga de "soccer" do país, já é a oitava do mundo em média de público. São 18.845 torcedores por jogo, superior à brasileira --12.971 fãs por partida no Brasileiro do ano passado.
Para a Copa de 2014, após os brasileiros, os residentes dos Estados Unidos foram os maiores beneficiados no sorteio dos ingressos :66.646 torcedores no total.
A opção por colocar a seleção nos EUA não é da CBF, mas da ISE (International Sports Events), empresa saudita dona dos direitos de organizar os amistosos do Brasil no exterior até 2022.
Pelo jogo em Miami, a CBF vai receber cerca de US$ 1,05 milhão (R$ 2,4 milhões).
"O futebol está crescendo aqui. Grandes jogadores estão vindo para cá. Espero que o estádio fique cheio", afirmou o atacante Robinho.