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Juiz do Brasileiro dá aula em escola do São Paulo

SÉRIE A
Ceretta nega ser professor em franquia do clube; alunos dizem que sua presença é frequente

PEDRO MARTINS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O juiz Guilherme Ceretta de Lima, que já apitou jogos da série A do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil neste ano, também atua como professor em uma escolinha de futebol para crianças do São Paulo.

A instituição fica em Sorocaba (SP) e integra rede de franquias do clube.

Fundada em 2001, a escola tem cerca de 350 alunos e já revelou alguns jogadores para grandes equipes, como o goleiro Rafael (ex-Santos, hoje no Napoli).

Ao buscar informações, os pais ouvem promessas de que as crianças vão participar de campeonatos e têm a chance de serem integradas às equipes de base do São Paulo.

Além de indicar um local adequado para a instalação de uma nova unidade, os interessados em abrir uma escolinha do São Paulo recebem a visita de um funcionário do clube, para confirmar a viabilidade, e pagam R$ 40 mil por cinco anos de licenciamento, além de um valor mensal, que varia conforme o lucro do negócio.

Esses estabelecimentos não recebem visitas periódicas de "olheiros" do clube do Morumbi, mas podem indicar alunos para peneiras na capital paulista.

SEM CONTRATO

Ceretta nega qualquer vínculo com a escola. Afirma que esteve no local só uma vez, para uma palestra.

"Não tenho contrato com eles, nem recebo dinheiro."

No entanto, ele aparece na lista de professores no site da escola. Alunos dizem que a presença dele no estabelecimento é constante e não se limitou a uma única palestra.

"Temos aulas com ele pelo menos duas vezes por semana, e não apenas sobre regras, mas de futebol mesmo, no campo", diz um aluno que prefere não se identificar.

O presidente da Comissão Paulista de Arbitragem, Coronel Marinho, não vê conflito ético no fato de o juiz atuar também como professor em escola ligada ao São Paulo.

"Não considero um problema porque ele presta um serviço a uma empresa terceirizada, e não ao São Paulo diretamente", diz Marinho.

O vice-presidente de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, ficou surpreso com o fato.

"Eu desconhecia completamente essa informação", afirma o dirigente. "Na verdade, essas escolinhas não são ligadas ao nosso futebol, mas ao marketing, então não tenho muita informação sobre essas franquias de escolinhas".


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