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Em dia de protestos dos jogadores, CBF lança um projeto anticalote
FUTEBOL Entidade propõe perda de pontos a clube que atrasar salário e planeja fim de dívidas
Em meio a um novo protesto organizado pelo Bom Senso F.C. na rodada do final de semana do Brasileiro, a CBF reagiu e divulgou ontem uma proposta de "fair play financeiro" para os clubes.
O Bom Senso é um movimento formado por mais de mil jogadores brasileiros, que pede mudanças no calendário e punição para os clubes que atrasarem os salários.
Elaborado por comitê formado por dirigentes de seis clubes (Corinthians, Flamengo, Internacional, Atlético-MG, Vitória e Coritiba), a proposta prevê o parcelamento das dívidas fiscais dos clubes, que, segundo levantamento do banco Itaú/BBA, chega a R$ 2,5 bilhões.
Indica também a perda de pontos em casos de atraso nas parcelas e também no salários e FGTS dos jogadores.
Texto publicado no site da CBF ironiza o Bom Senso, dizendo que "ao contrário do que pensam os desinformados [...], a CBF há algum tempo trabalha no assunto".
O projeto de parcelamento das dívidas prevê que o pagamento total seja feito até 2034, mas haveria cobrança antes de cada rodada.
Vinte e quatro horas antes dos jogos organizados pela CBF, os clubes seriam obrigados a entregar certidões de débitos fiscais e de FGTS, caso contrário perderiam três pontos no campeonato.
Se algum jogador registrado na CBF reclamar de atraso de salário, o clube tem até o dia seguinte para comprovar o pagamento ou, então, perderá três pontos.
O assunto será tema de reunião entre CBF e atletas.
ESPERANDO SENTADO
Nesta rodada, os jogadores não protestaram atrasando as partidas, como se cogitou.
Na maior parte dos jogos do fim de semana, eles se sentaram no gramado e cruzaram os braços antes do início.
Na partida entre São Paulo e Botafogo, ontem, os atletas se ajoelharam.