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Polícia procura operador de guindaste no Itaquerão

CORINTHIANS Depoimento dele é considerado fundamental na investigação

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

A Polícia Civil tenta localizar José Walter Joaquim, 56, o operador do guindaste envolvido no acidente que deixou dois operários mortos na quarta-feira no Itaquerão.

O depoimento dele é considerado fundamental para esclarecer o que ocorreu. A polícia trabalha com três hipóteses: falha humana, problema mecânico no guindaste e afundamento do solo.

No dia do acidente, um engenheiro da Odebrecht foi ao 65º Distrito Policial (Artur Alvim, zona leste), onde o caso é investigado, e disse que Joaquim seria apresentado à polícia na sexta-feira, mas isso não aconteceu.

Três advogados da Odebrecht foram à polícia para dizer ao delegado Luiz Antonio da Cruz que o operador "não tinha condições psicológicas de falar". Assim que os representantes da construtora deixaram a delegacia, Cruz pediu a investigadores que procurassem o operário.

Também foram enviados ofícios à Odebrecht, bombeiros e Defesa Civil pedindo documentos e uma relação de testemunhas que pudessem ser ouvidas na investigação.

Funcionário da empresa Locar --contratada pela Odebrecht para operar o guindaste LR 11350, fabricado pela alemã Liebherr--, Joaquim não está em sua casa, em Igaratá (a 91 km de São Paulo).

LUZES ACESAS

A Folha esteve na residência do operador e, de acordo com vizinhos, desde o dia do acidente Joaquim não foi mais visto no local. Os relatos são de que, horas após a ocorrência, houve "entra e sai incomum" de carros na casa.

Os familiares do operador do guindaste também deixaram a casa no dia seguinte ao acidente. Todos saíram do local em uma caminhonete, por volta da 0h de sexta-feira.

Luzes na entrada e na varanda da casa estavam acesas na sexta-feira à tarde, quando a reportagem esteve em Igaratá. Dois cachorros de estimação que a família possui também ficaram para trás.

Uma equipe de reportagem de uma TV da região chegou a conversar com o filho mais velho de Joaquim na porta da casa, pouco antes de a família abandonar o local, mas ele se negou a gravar entrevista e ameaçou chamar a polícia.

A Odebrecht afirmou à Folha que todo o acompanhamento jurídico a Joaquim será feito pela Locar --que, por sua vez, não confirmou se enviará um representante para acompanhar o depoimento do funcionário quando ele se apresentar à polícia.


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