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Criador de estatuto diz que falta cumprir lei

VIOLÊNCIA
Desde 1995, quando torcedor morreu no Pacaembu, medidas tomadas não surtiram efeito desejado

EDUARDO OHATA MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

"A lei para coibir o vandalismo existe. Falta fazer com que ela seja cumprida."

A conclusão é do advogado Adriano Pacheco, que participou da elaboração do Estatuto do Torcedor.

"Fazer lei sobre lei não adianta nada", respondeu, ao ser questionado pela Folha se há falta de leis mais rigorosas para casos como o da briga entre torcedores no jogo entre Atlético-PR e Vasco.

No último domingo, o confronto deixou quatro feridos, três presos e imagens que rodaram o mundo de pessoas sem defesa sendo chutadas.

"Quando um sujeito chuta a cabeça de outro que está caído no chão, indefeso, isso já está previsto no Código Penal. Chama-se tentativa de homicídio", explica Pacheco.

"Há punição prevista na lei. Por que ela não é aplicada é que é a questão..."

O estatuto prevê que torcedor que participe de brigas dentro ou nas imediações dos estádios fique até dois anos preso ou seja proibido, por até três anos, de ir às arenas.

Desde 1995, quando briga no Pacaembu entre palmeirenses e são-paulinos causou a morte de um adolescente, medidas vêm sendo tomadas para tentar minimizar a violência (veja quadro abaixo).

Na visão de Pacheco, não se trata de um problema exclusivo da polícia ou de um único órgão ou entidade.

"Quando algo desse tipo [a briga do fim de semana] acontece, é preciso saber o que o poder público, o Ministério Público, a CBF e os presidentes de clube estão fazendo."

O advogado aponta que os dirigentes de clubes podem até perder o mandato por não cuidar da segurança.

Segundo Pacheco, o Estatuto do Torcedor trouxe conquistas importantes, como o obrigatoriedade de instalação de câmeras nas arenas.

"Como é que aqueles corintianos do episódio da morte do garoto [boliviano] Kevin Espada voltam ao Brasil e já se envolvem em outra briga [Brasília]?", disse Pacheco.

Na contramão da opinião de Pacheco vai a CBF. "A CBF está indignada. Tenho certeza de que a lei será aplicada", afirmou ontem o presidente da entidade, José Maria Marin.


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