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Padarias ensaiam boicote aos patrocinadores do Brasileiro

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

E se as padarias de São Paulo resolvessem se solidarizar à Portuguesa? E se seis mil estabelecimentos na Grande São Paulo decidissem boicotar os patrocinadores do Campeonato Brasileiro?

"Não descarte isso, viu? Chegamos ao ponto em que tudo pode acontecer", disse ontem à Folha o presidente do Sampapão (Sindicato da Indústria de Pani?cação e Confeitaria de São Paulo), Antero José Pereira.

Segundo ele, "dezenas" de empresários do setor ligaram para o sindicato revoltados com a possibilidade de a Portuguesa ser rebaixada e o Fluminense, beneficiado.

"Um associado nosso, irmão de um diretor, propôs o boicote. Pessoalmente, acho excessivo. Mas, se a maioria acreditar ser o caminho, vamos acatar", garante.

Segundo os dados do Sampapão, das seis mil panificadoras cadastradas, 4,2 mil (70%) pertencem a portugueses ou descendentes.

"Quem não é torcedor tem muita simpatia pelo clube", calcula o presidente.

Entre os patrocinadores do Campeonato Brasileiro, estão empresas donas de marcas encontradas facilmente em padarias, como a Ambev (Brahma e Pepsi) e a Brasil Foods (Sadia).

Não é a primeira vez que o segmento planeja boicote por causa da Portuguesa. Após a semifinal do Paulista de 1998, as padarias ensaiaram não aceitar mais o cartão VR, que patrocinava o torneio.

A reclamação era que a equipe do Canindé havia sido prejudicada, contra o Corinthians, pelo árbitro argentino Javier Castrilli.

Desta vez, Pereira jura: vai ser diferente.

"Está todo mundo revoltado. Onde já se viu uma coisa dessas? É a desmoralização do futebol brasileiro. E a Portuguesa paga o pato!"


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