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Tida como fonte de craques, Copa SP vira vitrine para técnicos

JUNIORES Sucesso em anos anteriores do torneio, que começa hoje, foi determinante pra levar treinadores à elite

LUIZ COSENZO DE SÃO PAULO

Conhecida como "celeiro" de craques, a Copa São Paulo de futebol júnior, cuja 45ª edição começa hoje, tem se tornado uma vitrine para bons treinadores.

Das últimas sete edições, três técnicos que chegaram à final da competição figuram hoje na elite do futebol brasileiro. São os casos de Enderson Moreira, Claudinei Oliveira e Marquinhos Santos.

Enderson ganhou projeção nacional ao levar o Cruzeiro ao título da Copa São Paulo de 2007, quando venceu, nos pênaltis, o São Paulo por 6 a 5, após um empate por 1 a 1.

Dois anos depois, Marquinhos Santos foi vice-campeão com o Atlético-PR --caiu na final diante do Corinthians, por 2 a 1, no Pacaembu.

Já Claudinei Oliveira triunfou no ano passado, quando o Santos venceu o Goiás por 3 a 1 na decisão. Cinco meses depois, ele assumiu o time profissional do clube no lugar de Muricy Ramalho. Atualmente, está no Goiás.

"Aquele título foi importantíssimo para o crescimento da minha carreira", disse Enderson, que assumiu o Grêmio, atual vice campeão nacional, após terminar o Brasileiro do ano passado na sexta colocação com o Goiás.

A opinião é compartilhada por Marquinhos, novo técnico do Bahia --no Brasileiro, treinou o Coritiba. "Acredito que o vice-campeonato tenha colaborado para que eu ganhasse projeção."

A FONTE SECOU?

A ascensão dos treinadores coincide com a escassez de jovens promessas reveladas pelo torneio que se saíram bem nos anos seguintes.

O torneio já deu visibilidade, entre outros, a Falcão (Inter, em 1972), Toninho Cerezo (Atlético-MG, em 1972), Casagrande (Corinthians, em 1980), Djaminha (Flamengo, em 1990) e Dener (Portuguesa, em 1991).

A última revelação da competição foi Lucas, hoje no Paris Saint-Germain. Em 2010, no entanto, ele não foi o protagonista do título conquistado por sua equipe.

De acordo com os técnicos, a recente mudança no regulamento, que diminuiu de 20 para 18 anos a idade limite dos jogadores, como aconteceu em 2012, é o principal motivo para os poucos talentos.

"Com 18 anos, esses jovens estão em processo final de formação. Agora que os vice-campeões de 2009 estão se destacando, amadurecendo", disse Marquinhos, citando o zagueiro Manoel e o atacante Marcelo, do Atlético-PR.

"Antecipar a subida do jogador atrapalha no crescimento do atleta que tem condições de estourar. Eles começam a ficar prontos com 20 anos", analisou Enderson.

"Neste ano, sofri grande pressão para utilizar os jogadores do Goiás que foram vice-campeões, mas eles ainda não estavam prontos."

Para tentar viabilizar o aproveitamento de novos talentos, a Federação Paulista de Futebol atendeu a pedido dos clubes e alterou para 19 anos a idade limite neste ano.


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